domingo, 21 de março de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA





Jornal da Mealhada (edição de 17 de Março)


POSITIVO


A edição do Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena, a começar pela capa com grafismo em panóplia de cores que ressaltam ao primeiro olhar, está muito agradável.

Com duas páginas sobre os efeitos da pandemia, uma sobre os efeitos colaterais em alguns negócios que desenvolvem a sua actividade na cidade e outra sobre as crianças no seu regresso às aulas, e mais duas, em destaque, sobre o que se passou no debate sobre o lema “O futuro dos Municípios após a Pandemia” que, perante os presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa, Porto e Mealhada, decorreu no Teatro Messias há cerca de 15 dias, lê-se com gosto.

Com seis páginas sobre a Mealhada, onde se inclui um trabalho sobre os centenários refrigerantes Bussaco nas duas centrais; sete páginas sobre os concelhos vizinhos, uma sobre cultura na terra do leitão e outra sobre desporto, verifica-se um maior cuidado na diversidade de temas e equilíbrio entre o nosso concelho local e entre os confinantes.

Quanto à inserção de fotografias, verifica-se algum cuidado em não abusar do espaço que deve ser consignado a notícias.

Pela ainda temerosa melhoria damos os parabéns à equipa que coloca o título de imprensa de quinze em quinze dias em banca. Porém, que não se tome este elogio para continuar a dormir na forma. Como leitor assíduo e amante da imprensa local, como assinante, como residente e recenseado no Concelho, exijo muito melhor. E se para isso for necessário, comprometo-me a manter esta coluna de opinião até ao meu último suspiro.


MENOS BOM


Conforme já tenho escrito, sem desprimor para quem colabora, é notada a carência de colunistas que abarquem os vários ramos da vida, política, sociedade, economia, por exemplo.

Embora nesta edição se faça menção ao Bloco de Esquerda, com uma recomendação no Parlamento ao Governo para uma série de investimentos na Mata do Bussaco, e ao PCP, com a notícia do seu centenário do Luso, a referência à vida política, sobretudo local, continua a ser demasiado tímida. A menos de sete meses é preciso preparar as canetas para o que vem aí. Quem serão os cabeças de listas, prováveis e improváveis? Aos quase certos está na hora de os colocar a falar. O leitor mais informado e interessado na vida política do seu concelho espera isto mesmo do único periódico publicado.

É uma premência que transmita o que se passa nas reuniões de Câmara. Que mostre o trabalho desenvolvido pela oposição e pela maioria. Os leitores precisam de saber a forma como são aprovadas as posturas e restante regulamentação. Quem vota a favor, contra, e se abstém. Ao não ser trazido a público o que se passa no executivo é um forte passo para o total desinteresse dos munícipes.

Tal como venho escrevendomeses, talvez demasiadamente preocupada com os custos de edição, falta ambição à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, proprietária da publicação, para, apostando na história do título e na sua viabilidade económica, aumentar o número de páginas (actualmente são 24) e transformar o JM em semanário.

Do mesmo modo, conforme já escrevi também, falta intimismo e envolvência com os leitores. Por exemplo, um espaço dedicado aos desabafos e denúncia de quem lê; uma coluna de signos astrológicos, datas e significados; inserir um espaço para palavras cruzadas e Sudoku; assinale as diferenças, etc.

Do ponto de vista comercial o jornal não está apanhar o que lhe passa à frente dos olhos. Por exemplo, neste 19 de Março, dois dias depois da última tiragem, comemorou-se o Dia do Pai. Esta edição não deveria ter um caderno especial alegórica à data com a participação dos leitores e com uma aposta forte em publicidade comercial? Outro exemplo, o JM deveria apostar numa página de pequenos anúncios. Não se entende muito bem por que não é aproveitado este filão.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14,5 valores.



JORNAL DA BAIRRADA (edição de 18 de Março)


Conforme nos tem habituado pela grande qualidade jornalística ao longo dos últimos anos, nada de negativo a apontar.


De zero a vinte, concedo 18 valores.



 

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