Jornal da Mealhada (edição de 3 de Março)
POSITIVO
A edição desta quinzena do Jornal da Mealhada (JM), dentro do que nos tem habituado, está satisfatória. Com duas páginas em torno da pandemia no país e no concelho, mais duas sobre as vacinas inoculadas sobre os idosos e ainda com uma página a noticiar a realização do evento “O Futuro dos Municípios após a Pandemia”, com muitas fotos à mistura e pouco texto, safa-se a tiragem a falar sobre a Mealhada.
Com um “especial” nas duas páginas centrais sobre os Escuteiros da Pampilhosa e sete páginas sobre concelhos vizinhos, a publicação lê-se com gosto.
MENOS BOM
O grafismo da capa, como montra de uma loja em execução, continua a ser o calcanhar de Aquiles do JM. A moldura desta semana, apenas com uma foto, com títulos e publicidade tudo à mistura, onde não se distinguem uns de outros, está muito longe de agradar ao menos exigente leitor.
Conforme já tenho escrito, sem desprimor para quem colabora, é notada a carência de colunistas que abarquem os vários ramos da vida, política, sociedade, economia, por exemplo. No que toca à política partidária, o quinzenário parece não querer nada com com as forças em confronto no concelho. É preciso clarificar que estamos a sete meses das eleições autárquicas. Quem vão ser os cabeças-de-lista? Se o jornal sabe, deve dividir a informação com os seus leitores, se não sabe, pode e deve procurar especular com as probabilidades que se apresentam. Um jornal, embora não esteja votado para a presciência, como num jogo entre o que se sabe do passado e presente, deve contribuir para fazer adivinhar o futuro. E não está em causa acertar muito ou falhar pouco. Trata-se, isso sim, de, em vez de internamente gerir a informação detida, partilhá-la e lançando desafios aos seus assinantes. Sobretudo, repito, para os fazer reflectir.
O JM precisa de críticos que, com assuntos que façam pensar, o retirem do oceano da rotina instalada.
É uma premência que transmita o que se passa nas reuniões de Câmara. Que mostre o trabalho desenvolvido pela oposição e pela maioria. Os leitores precisam de saber a forma como são aprovadas as posturas e restante regulamentação. Quem vota a favor, contra, e se abstém. Ao não ser trazido a público o que se passa no executivo é um forte passo para o total desinteresse dos munícipes.
Tal como escrevi há duas semanas, talvez demasiadamente preocupada com os custos de edição, falta ambição à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, proprietária da publicação, para, apostando na história do título e na sua viabilidade económica, aumentar o número de páginas (actualmente são 24) e transformar o JM em semanário.
De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores.
JORNAL DA BAIRRADA (edição de 4 de Março)
Conforme nos tem habituado pela grande qualidade jornalística ao longo dos últimos anos, nada de negativo a apontar.
De zero a vinte, concedo 18 valores.
Sem comentários:
Enviar um comentário