segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

UM COMENTÁRIO E UMA RESPOSTA...

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)



Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO E UMA RESPOSTA...":


S
im, de facto defendo que a Câmara Municipal não deve ceder nenhum espaço de graça na Baixa a nenhum músico, ou qualquer outro profissional, de qualquer área, para ganhar a vida, por razões que tenho pena que não entenda.



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RESPOSTA DO EDITOR

Começo por lhe agradecer, neste segundo comentário, sobretudo a clarificação de que falamos a mesma linguagem de “colega” para “colega”, ou seja, de político para “político” -claro que estou a tentar dar algum humor à coisa. Não se abespinhe comigo, até porque, como sabe, conhecemo-nos e respeitamo-nos.
Voltando à “vaca fria”, como quem diz ao assunto propriamente dito, meu caro amigo, se permite o desabafo, a diferença que nos (des)une é que eu escrevo com amor, pensando muito bem antes de plasmar uma frase, com convicção na defesa do que afloro -acrescento, por ter demasiado tempo para o fazer. Atrevo-me a acrescentar: “infelizmente”. Antes tivesse muito trabalho e menos folga. Já o caro colega, inerente pela função que desempenha e pelo pouco tempo que lhe sobra, a meu ver, habituou-se a ler os textos transversalmente. Primeiro olha para o tamanho e esquece a qualidade -erro de homens, está de ver. Prosseguindo na explanação, a consequência de se ler saltando frases é, na maioria das vezes, irreversível: passa-se por cima da essência e dá-se importância ao acessório. Ou seja, acaba-se sem perceber o que raio queria o mentor da crónica. E foi o que lhe aconteceu aqui. O amigo virtual, com sua licença e respeito que nos une, não percebeu patavina do que escrevi. Eu não defendi no editorial que se desse guarida, protecção, jeito, ao músico (grande, por acaso, que é Fernando Meireles). O que eu defendi nesta peça, e em outras com o mesmo teor, é que se desse um espaço para o mestre (re)criador da sanfona. Uma sala para o grande construtor de instrumentos musicais que é o Fernando. Sabe qual é a diferença? É que nem todos os músicos são construtores exímios como é o Meireles. Este homem simples, humilde, amigo do seu amigo, é dois em um. Aqui reside a diferença. E sabe porque voltei, mais uma vez, a bater no ceguinho? Porque, a meu ver, é claro, a autarquia onde se insere, nunca foi muito forte em defesa da cultura local -nem mesmo com o desaparecido Mário Nunes, que teria muitos motivos para o ser. O pelouro da cultura camarário esteve sempre mais virado para a festinha do dia que corre -para entreter as hostes no presente- do que preocupado com o futuro e em deixar história de conhecimento, em transmissão assente nos seus operários, do saber fazer nas artes e ofícios tradicionais.
Percebeu agora?
Não precisa de agradecer. Homessa! Os amigos são para as ocasiões. Quando precisar de qualquer esclarecimento adicional é só dizer.



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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO E UMA RESPOSTA...":


Obrigado pela disponibilidade para continuar a esclarecer-me, Luís Fernandes. Aproveito então para dizer que não entendi nada do que disse. Não vale a pena insistir que o Fernando Meireles é um grande músico e construtor de instrumentos, porque já estou convencido. Ele diz que queria um espaço na baixa para ensinar, o Luís adianta que esse espaço seria cedido pela Câmara Municipal. É para uma escola de música e construção de instrumentos musicais?

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado pela disponibilidade para continuar a esclarecer-me, Luís Fernandes. Aproveito então para dizer que não entendi nada do que disse. Não vale a pena insistir que o Fernando Meireles é um grande músico e construtor de instrumentos, porque já estou convencido. Ele diz que queria um espaço na baixa para ensinar, o Luís adianta que esse espaço seria cedido pela Câmara Municipal. É para uma escola de música e construção de instrumentos musicais?