O
título, como se sabe, pertence ao novo livro de Cavaco Silva,
ex-primeiro ministro e ex-presidente da República.
Para além de me suportar
para o texto que estou a escrever, nenhum interesse tem plasmar aqui que
não daria um euro para adquirir esta obra que, contrariamente ao
afirmado pelo homem que mais poder teve em Portugal em alturas que
foram cruciais para o futuro, que é hoje, do país, pelo que leio
nos jornais é mais, e sobretudo, um ajuste de contas.
Mas não foi exactamente
sobre o conteúdo do livro que pretendia escrever. Gostava de
perguntar ao anterior ocupante do Palácio de Belém o que lhe passou
pela cabeça condecorar a esmo várias personalidades com a Ordem de
Mérito como, por exemplo, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, que,
agora, são arguidos no caso Operação Marquês.
Claro
que Cavaco não foi o único a espalhar charme por peitos ufanos que
mereciam tanto uma distinção honorífica como eu ou o meu Silvano. A lista dos “figurões” condecorados no
10 de Junho é enorme e já foi tratada pela revista Sábado. Os
anteriores presidentes da República, a começar em Jorge Sampaio,
fizeram o mesmo.
O actual chefe da nação,
Marcelo Rebelo de Sousa, segue as mesmas pegadas e, se o futuro não
for igual ao passado, tudo indica que vai ser muito parecido.
Era bom que Marcelo
pensasse que um Presidente da República é o representante máximo
dos portugueses, logo, por isso mesmo, em inerência todos os seus
actos públicos carregam um pouco de todos nós, nacionais. Era bom
que um qualquer dos seus assessores o aconselhasse a ser mais
comedido na distribuição de ordens e, como os anteriores, não se
deixe cair num certo plano ridículo de mediocridade a fabricar
heróis pré-fabricados. Já chega o que vem de trás!
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