sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

PELO SIM PELO NÃO, O MELHOR É NÃO CONFIAR...

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(Imagem da Web)





Depois de anunciada, na semana passada, a Petição Pública para se conseguir reunir, pelo menos, 4000 assinaturas e “forçar” a Assembleia da República a discutir a essência da subscrição e, com essa acção parlamentar, influenciar o Governo e levá-lo à sua concretização, pelos jornais locais e pela boca da secretária, ficámos a saber que o “Novo Palácio da Justiça é “prioridade do Governo” -in Diário de Coimbra (DC).
Continuando a citar o DC, “A secretária de Estado Adjunta e da Justiça adiantou, ontem, que a tutela não tem dúvidas quanto ao avanço da construção de um edifício de raiz para acolher o Palácio da Justiça, em Coimbra. “Para nós, é, de facto, uma prioridade” garantiu Helena Mesquita Ribeiro, à margem da cerimónia de tomada de posse do novo presidente do Tribunal da Relação, acrescentando que, na próxima semana ou na primeira semana de Março, regressará a Coimbra para definir uma solução quanto à localização.
Enquanto subscritor da petição, por este anúncio da secretária de Estado da Justiça, deveria jubilar com a notícia. Há um porém, não acredito na verdade contida nestas palavras. Oxalá me engane, mas, tendo em conta o tempo de eleições que se aproxima, como os conimbricenses estão habituados, estamos perante mais uma promessa vazia para “boi dormir”. A última, e também saída de um governo socialista, foi a de José Sócrates, em Dezembro de 2009, quando mandou levantar os centenários carris na linha da Lousã e para substituir por um moderno transporte ferroviário. O resultado foi o que se viu. Passados cerca de 150 milhões de euros gastos em coisa nenhuma, a linha lá continua abandonada e com o Estado, subvencionando carreiras privadas, a assegurar o legítimo transporte às gentes residentes além-Ceira, passando pela Lousã e até Serpins. Como se sabe, há poucas semanas, foi também discutida a Petição Pública para a reposição da linha férrea, na Assembleia da República. A Lisboa foram vários autocarros cedidos pelas autarquias de Miranda e Lousã para transportar pessoas. O que fez o actual executivo da Câmara Municipal de Coimbra, cidade que também é parte interessada? Nada. Ignorou o movimento como se este assunto não lhe dissesse respeito. Mas não se pense que tudo começa e acaba em sintonia de cores políticas. Não senhor! Curiosamente já no tempo de Carlos Encarnação e Barbosa de Melo, anteriores edis eleitos para o paço municipal, o procedimento foi igual. Ou seja, talvez em maldição da Avenida Central, em face das idas ao Parlamento, Coimbra fingiu que não se passava nada. Foram sempre olhos cheios e vozes vazias. Como se a falta do comboio não fosse mais uma machada na degradação do movimento comercial da Baixa e da cidade.
Repito, oxalá esteja profundamente enganado mas, nesta questão da construção do tribunal, são mais umas frases ocas para se levar à manipulação do voto e para mais uns quantos apaniguados acreditarem numa cidade que, tendo em conta o antecedente, quer pelos governos PS quer PSD/CDS, se transformou na “Capital da Obra Adiada”.



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