(Imagem da Web)
Depois
de anunciada, na semana passada, a Petição Pública para se conseguir
reunir, pelo menos, 4000 assinaturas e “forçar” a Assembleia da
República a discutir a essência da subscrição e, com essa acção
parlamentar, influenciar o Governo e levá-lo à sua concretização,
pelos jornais locais e pela boca da secretária, ficámos a saber que
o “Novo Palácio da Justiça é “prioridade do Governo”
-in Diário de Coimbra (DC).
Continuando a citar o DC,
“A secretária de Estado Adjunta e da Justiça adiantou, ontem,
que a tutela não tem dúvidas quanto ao avanço da construção de
um edifício de raiz para acolher o Palácio da Justiça, em Coimbra.
“Para nós, é, de facto, uma prioridade” garantiu Helena
Mesquita Ribeiro, à margem da cerimónia de tomada de posse do novo
presidente do Tribunal da Relação, acrescentando que, na próxima
semana ou na primeira semana de Março, regressará a Coimbra para
definir uma solução quanto à localização.”
Enquanto
subscritor da petição, por este anúncio da secretária de Estado
da Justiça, deveria jubilar com a notícia. Há um porém, não
acredito na verdade contida nestas palavras. Oxalá me engane, mas,
tendo em conta o tempo de eleições que se aproxima, como os
conimbricenses estão habituados, estamos perante mais uma promessa
vazia para “boi dormir”. A última, e também saída de um
governo socialista, foi a de José Sócrates, em Dezembro de 2009,
quando mandou levantar os centenários carris na linha da Lousã e
para substituir por um moderno transporte ferroviário. O resultado
foi o que se viu. Passados cerca de 150 milhões de euros gastos em
coisa nenhuma, a linha lá continua abandonada e com o Estado,
subvencionando carreiras privadas, a assegurar o legítimo transporte
às gentes residentes além-Ceira, passando pela Lousã e até Serpins. Como se
sabe, há poucas semanas, foi também discutida a Petição Pública
para a reposição da linha férrea, na Assembleia da República. A Lisboa foram vários
autocarros cedidos pelas autarquias de Miranda e Lousã para
transportar pessoas. O que fez o actual executivo da Câmara
Municipal de Coimbra, cidade que também é parte interessada? Nada.
Ignorou o movimento como se este assunto não lhe dissesse respeito.
Mas não se pense que tudo começa e acaba em sintonia de cores
políticas. Não senhor! Curiosamente já no tempo de Carlos
Encarnação e Barbosa de Melo, anteriores edis eleitos para o paço
municipal, o procedimento foi igual. Ou seja, talvez em maldição da Avenida Central, em face das idas ao
Parlamento, Coimbra fingiu que não se passava nada. Foram sempre olhos cheios e vozes vazias. Como se a falta
do comboio não fosse mais uma machada na degradação do movimento
comercial da Baixa e da cidade.
Repito, oxalá esteja
profundamente enganado mas, nesta questão da construção do
tribunal, são mais umas frases ocas para se levar à manipulação
do voto e para mais uns quantos apaniguados acreditarem numa cidade
que, tendo em conta o antecedente, quer pelos governos PS quer
PSD/CDS, se transformou na “Capital da Obra Adiada”.
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