quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A CONFERÊNCIA DE IMPRENSA PARA O ANÚNCIO DA PETIÇÃO PÚBLICA PARA A CONSTRUÇÃO DO TRIBUNAL

(Foto desviada, com a devida vénia, do Campeão das Províncias)



Cerca das 14h00 de hoje, decorreu na Ordem dos Advogados, na Quinta D. João, a conferência de imprensa para apresentação da Petição Pública que se vai iniciar para “obrigar” as entidades oficiais a, de uma vez por todas, a construir o prometido Palácio da Justiça num terreno cedido para o efeito, por volta de 1960, junto ao actual tribunal, ao fundo da Rua da Sofia.
A mesa do painel era constituído pelo presidente do Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Advogados (OA), Jacob Simões, pelo mentor desta petição, Ferreira da Silva, pelos representantes sindicais do Ministério Público e dos funcionários judiciais e por Arménio Pratas, em representação do tecido comercial da Baixa.
Pelo primeiro orador, Jacob Simões, foi dito que a OA apoia integralmente esta justíssima e legitima petição para a construção do novo Palácio da Justiça.
O segundo arguente, Ferreira da Silva, advogado e também vereador no executivo em representação do movimento Cidadãos por Coimbra, fez uma explanação do que tem sido esta obra adiada (mais uma, acrescento eu). Prosseguiu o causídico, na segunda metade do século passado, começou por ser defendida a sua implantação no mesmo local que agora se apresenta. Por volta dos anos de 1990 surgiu um movimento a “exigir” a sua edificação na margem esquerda, no lugar das oficinas dos SMTUC. Não se sabe ao certo quanto teria custado o anteprojecto e estudos -na sala falou-se em mais de um milhão de euros- mas a verdade é que esta divisão viria a ser fatal para que o plano nunca saísse do papel -lembro que isto mesmo aconteceu com o metro ligeiro de superfície, em que as autarquias interessadas, ao não se entenderem, sepultaram de vez o sonho de uns quantos utópicos que defendiam o metro na cidade. Disse ainda Ferreira da Silva que esta realização não é de apenas alguns subscritores, mas de todos, de comerciantes, de operadores de serviços com assento na Baixa, de moradores e, acima de tudo, da cidade. É este envolvimento social que se espera para que sejam conseguidas muito mais do que as 4000 assinaturas necessárias para ver o problema discutido na Assembleia da República. O subscritor da petição pública pediu também aos profissionais da comunicação social que abraçassem esta causa e a defendessem como sua também.
Quantos aos terceiros elementos na mesa, pelo representante sindical do Ministério Público foi dito que, para além de ser uma necessidade estratégica, era também uma medida económica, no sentido de que, permitindo concentrar os serviços espalhados pela Baixa, evitaria as elevadas rendas pagas a proprietários particulares e, com esta racionalidade, o Estado pouparia milhões de euros. Pelo sindicalista dos funcionários judiciais foi verberada a necessidade de um novo tribunal. As instalações existentes são exíguas e não mostram grandes condições para se trabalhar, disse.
O quarto elemento na mesa, Arménio Pratas, em “representação” dos profissionais de comércio, dissertou sobre o quanto tem sido uma jogada política, governamental e local. Contou que quando fazia parte dos órgãos directivos da ACIC, Associação Comercial e Industrial de Coimbra, já desaparecida por insolvência, há cerca de uma dezena de anos, conjuntamente com mais colegas, falaram com Carlos Encarnação, na altura presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), para desburacratizar o assunto e revertesse a construção para a Rua da Sofia. Encarnação deixou bem claro que a autorização dependia do governo nacional. Então, Pratas na companhia do Dr. Martins, advogado e funcionário, e Paulo Mendes, presidente da ACIC, puseram os pés ao caminho e, depois de marcação prévia, foram falar com o secretário de Estado da Justiça para o desenrolar da meada. O secretário de Estado, socialista, deixou bem vincado que a decisão cabia por inteiro a Carlos Encarnação. Passados uns dias, após reunião do executivo local, leram no jornal que a “reversão da construção no terreno cedido em 1960, na Rua da Sofia, tinha sido aprovada”.
Por parte da intervenção de alguns advogados presentes no auditório da OA, ficou bem sublinhada a importância desta obra e o que ela representa para a revitalização da Baixa. Entre membros do painel e assistência ficou bem implícita a mensagem dirigida ao Governo e à CMC: “não adiem mais esta construção!



TEXTO DA PETIÇÃO PÚBLICA E SUBSCRITORES


PELO PROGRESSO DA BAIXA, DA CIDADE, QUER ASSINAR?

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