Meus estimados amigos e respeitados inimigos:
Eu não queria deixar passar esta quadra sem vos dar uma prenda. Estou é com um grande problema: não sei o que vos dar. Vocês já têm tudo. Fartei-me de pensar o que vos haveria de oferecer. Tive imensa dificuldade em optar. Depois, deve ser desta altura meio lamechas, ando sem grande inspiração. Mas, mesmo assim, ainda pensei em mandar algo incomum, assim tipo “Ambrósio, apetece-me algo diferente”, mas esbarrei logo na dificuldade. Ainda fiz uns contactos para enviar para as minhas amigas assim um “presentão” daqueles, como quem diz, um gajo todo musculado, sem barriga e sem uma ruga –exactamente o contrário da minha santa pessoa- mas não tive sorte. Os tipos estavam todos a passar o Natal em casa com a família. Nem com pagamento dobrado pela prestação.
Para os meus amigos, homens –está de ver-, andei por aqui, pela Internet, a dar umas voltas assim a ver se arranjava também um material que fizesse história na minha amizade, mas qual quê? Nesta noite não havia noite, disseram-me, fosse lá por que preço fosse. Ainda meti umas cunhas mas nada. “Esta noite é só mesmo “c’o mê home”, respondeu-me uma boazona, assim com um material de fazer ressuscitar um morto, com muito mau humor, diga-se, que até temi poder levar nas trombas, através do telefone, da púdica rapariga.
Assim sendo, por amor da nossa amizade, não me levem a mal, carago, mas tenho mesmo de ficar só por um abraço. Se vocês soubessem como me sinto constrangido?!? Acho que até estou deprimido. Não estava à espera de um falhanço meu assim. Logo a mim, que sou tão certinho! Deixei tudo para a última hora. Foi o que foi!!
Desejo-vos então um
Feliz Natal. Bem sei que, em face da minha lacuna, já não será o
que deveria ser. Mas tenham lá paciência. Para o ano podem contar,
sei lá, se calhar, com uma viagem ao Brasil e incluindo assistência
em viagem. Obrigado a todos, e as minhas desculpas.
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