(Com a devida vénia, retirado do jornal Campeão das Províncias)
“Como
vaticinou o “Campeão”, ironicamente, a 02 de Julho de 2015, na rubrica
“Vinagretas” da edição impressa, o líder concelhio do PS/Coimbra, Rui Duarte,
acaba de ingressar na Câmara local (CMC).
Há mês e meio (a 19 de Novembro), o nosso Jornal, através da edição
electrónica, insistiu “na iminência” da ida de Rui Duarte para o séquito do
líder do Município conimbricense, Manuel Machado.
Apesar de reconhecer, agora, ter sido «queimado» no dossiê da
co-incineração de resíduos industriais perigosos, desencadeado em 1998, na
vigência do primeiro Governo de António Guterres, o autarca mostra-se pouco
sensível à asneira e inflige uma machadada na decência.
Machado falhou, em 2001, a tentativa de eleição para quarto mandato
consecutivo e uma das causas do insucesso terá sido a questão da queima de lixo
tóxico na cimenteira de Souselas.
Ex-vereador, Duarte deixou de ser reconduzido como deputado à
Assembleia da República devido à sua condição de arguido, sob suspeita de
falsificação de documento no âmbito de um caso de hipotética inscrição
fraudulenta de militantes no partido.
Há meio ano, o “Campeão” publicou foto de um táxi que se encontrava num
parque de estacionamento adjacente à CMC, carregado de malas.
Segundo a rubrica “Vinagretas”, o cenário deu azo a perguntas do tipo
“quem estará de malas aviadas”, mas a conjuntura política, a três meses de
eleições legislativas, sugeria que se pusesse outra questão: Haveria algum
deputado à Assembleia da República a recear não obter guia-de-marcha para voltar
para o hemiciclo de S. Bento, depois de Outubro, e, à cautela, andasse a
procurar garantir lugar de recuo?
A decência atropelada é elementar, caro presidente da CMC.
Embora sem acusação deduzida, podendo o Ministério Público ilibá-lo na
fase de inquérito, Rui Duarte é suspeito de eventual autoria de um crime
inaceitável, ainda por cima se for cometido por um político.”
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