(Imagem da Web)
Logo a seguir ao almoço, por volta das 15h00,
entrou na loja e, num português “arromenado”,
perguntou se podia ver. Era uma mulher de leste, teria cerca de 30 anos, ares de cigana e com saia até ao
chão, e com duas crianças. Como já sou velho –embora pouco sabido-, que me faz
acreditar que a idade me tornou algo sensitivo e presciente, e com largos anos
de experiência em quadros de vida, imediatamente intuí o que pretendia a
senhora. Ou seja, dar a palmada ligeira em tudo o que lhe caísse ao alcance da
mão e deixar-me ainda mais pobre do que já sou. Como o ataque é a melhor
defesa, e mesmo correndo o risco de ser acusado pelo Bloco de Esquerda de estar
a discriminar as minorias, disse-lhe que, imediatamente, desse meia-volta porque aqui
já havia um encartado na arte de surripiar. Deu mesmo meia-volta, e com frases a
serem remoídas entre dentes, saiu calmamente como se nada fosse com ela.
Passada cerca de uma hora, a tentativa repetiu-se agora com um indivíduo bem-parecido, com cerca de 30 anos, e também com duas
crianças. Mais uma vez a cena se renovou e o homem, suponho que a pensar como
havia de se queixar do meu tratamento, lá foi à sua vida contra a sua vontade.
Para quem ler, se for a tempo, tome cuidado
com este par de jarras. Não é de admirar se amanhã a notícia se espalhar de
algumas lojas foram furtadas perante os olhos do responsável. Vale mais
prevenir do que remediar. Quem avisa amigo é!
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