Cai sobre nós uma chuvinha,
tão miúda,
tão tolinha,
que nos faz
arrefecer;
Ai a nostalgia daquele Sol quente,
do rebrilhar
que alimenta a alma da gente,
que torna a atmosfera mais leve;
Se eu pudesse adiantar o calendário,
ia à frente,
arrumava o inverno no armário,
e descobria
a Primavera;
Ai que saudade das andorinhas,
do seu chilrear,
das folhas verdes das vinhas,
do silêncio dos
pinhais;
Imagino o oceano calmo e prazenteiro,
as ondas em
descanso e no ar a maresia em cheiro,
com os
barcos vigilantes na areia à espera;
Vejo o Mondego pachorrento no leito,
o coração ritmado
bate forte no meu peito
cheio de
força e fé no amanhã;
Leva-me, ó tempo, esta morrinha,
embarca-a
numa barquinha
e manda-a em
direcção ao mar;
Não me deixes nesta aflição,
livra-me dela, faz-me mal
ao coração,
apaga-me o
brilho da esperança!
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