Faleceu
Guilherme Pinto, com
84 anos de idade, um
nosso estimado colega
e reconhecido comerciante da Baixa de Coimbra.
Segundo
o anúncio necrológico, “o
corpo do saudoso extinto encontra-se em câmara ardente na Igreja
Matriz de Friúmes, onde hoje, 7 de Maio, pelas 17h30 será celebrada
Missa de Corpo Presente e de seguida o cortejo fúnebre para
o Cemitério de Friúmes”.
Fazendo
parte de uma linhagem em desaparecimento, em que o homem de negócios
era visto pela comunidade como uma trave mestra nos
bons costumes, o Senhor Pinto, como era carinhosamente tratado, deixa
uma brecha sem
preenchimento na nossa comunidade. Homem
calmo,
íntegro
onde
a palavra dada valia mais que qualquer escritura, durante cerca de
quarenta e cinco anos foi uma árvore importantíssima no nosso
jardim comercial. Senhor
de uma intuição invulgar para as reviravoltas da
oferta e da procura, durante
várias décadas fez toda a sua vida empresarial na Baixa.
Lembro-me
bem do Senhor Pinto, por volta de 1974, quando tomou por trespasse
uma tasca na Rua da Louça – apelidada
de tasca do Pinto. Oito
anos depois, em 1982, formou a firma Pinto & Filhos, L.da.
Apercebendo-se
que a actividade negocial
estava a virar para o comércio, enveredou por ferragens, máquinas e
afins. Mais
tarde, com a ajuda de filhos, genro e nora, chamou a si a histórica casa de ferragens Ganilho, com frentes
para a rua da Louça e Praça 8 de Maio, e transformou-a em loja de
decoração. Em 2009, pressentindo
que o comércio estava novamente a virar para o ramo alimentar, abriu
a “Coisas e Sabores”, um estabelecimento pioneiro em artigos
grumet na
cidade.
Para
a sua família nesta hora de profundo sofrimento, em nome de todos os
comerciantes da Baixa, se posso escrever assim, as nossas sentidas
condolências. Até
sempre, Senhor Pinto.
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