DOM
RAFAEL O CASTELÃO deixou um novo comentário na sua mensagem "O PSD TEM MEDO DE DEFENDER O COMÉRCIO DA BAIXA?":
Mas defender o comércio de Coimbra especialmente da Baixa e muito particularmente da Baixinha, como? Ordenando por decreto que se encerrem os Centros Comerciais?Comercialmente a Baixa e a Baixinha estão mortas! Restam os restaurantes, cafés e lojas de produtos chineses e mais ultimamente as lojas para pequenos produtos de Turismo muito em especial ligados à cortiça, em tal número que algumas não se devem aguentar. Coimbra hoje vive essencialmente do Turismo e em resultado disso a hotelaria, hotéis e agora os pequenos hotéis (mais para dormidas) vão dando alguma vida à cidade. Mas é Turismo que vem apenas orientado para os monumentos em especial a Universidade. Coimbra continua e continuará a viver à sombra da Universidade e dos seus monumentos, daí não ser descabida a defesa das Republicas de Estudantes! Mas são bem-vindas as ideias realistas para dinamizar comercialmente Coimbra!
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NOTA
DO EDITOR
Meu
caro Dom Rafael o Castelão -seguido de uma vénia, como manda a
tradição romanesca-, na crónica não aludi que era descabida a
defesa das Repúblicas de Estudantes. Claro que é importante a sua
preservação na história académica da cidade -mas com regras
iguais, sobretudo respeitando direitos de propriedade, e sem exageros
como já escrevi anteriormente. O que chamei a atenção foi o facto
de, a meu ver, a lei ter sido lida transversalmente, e mal
interpretada, pelo presidente da concelhia do PSD de Coimbra, Nuno
Freitas. Como é que se entende que na mesma mensagem distribuída à
comunicação social o digníssimo médico e político não tenha
feito, no mesmo pacote, uma crítica referente às duas situações?
Isto é, à preservação das repúblicas coimbrãs e às lojas
comerciais históricas e de tradição? Como explica esta omissão?
Quanto “às ideias realistas para dinamizar comercialmente Coimbra” que aflora, meu caro Castelão -novamente com curvatura da espinha dorsal-, o diagnóstico está mais que feito, e há muitos e muitos anos. O que é preciso é a oposição fazer o papel que lhe cabe. Ou seja, procurar informar-se verdadeiramente do que se passa na Baixa e, a seguir, nas reuniões do Executivo e da Assembleia Municipal, chamar o assunto à colação. Já todos sabemos que Manuel Machado é um cabeça-dura, um insensível para as questões de regeneração da Baixa, mas, por muito difícil que seja abrir-lhe a mente, esta é a função da oposição através de retórica. No entanto, admito, os comerciantes, enquanto parte interessada também devem fazer alguma coisa. Na parte que me toca, escrevo no sentido de elencar os problemas e apresentando soluções. É pouco? Se calhar...
Quanto “às ideias realistas para dinamizar comercialmente Coimbra” que aflora, meu caro Castelão -novamente com curvatura da espinha dorsal-, o diagnóstico está mais que feito, e há muitos e muitos anos. O que é preciso é a oposição fazer o papel que lhe cabe. Ou seja, procurar informar-se verdadeiramente do que se passa na Baixa e, a seguir, nas reuniões do Executivo e da Assembleia Municipal, chamar o assunto à colação. Já todos sabemos que Manuel Machado é um cabeça-dura, um insensível para as questões de regeneração da Baixa, mas, por muito difícil que seja abrir-lhe a mente, esta é a função da oposição através de retórica. No entanto, admito, os comerciantes, enquanto parte interessada também devem fazer alguma coisa. Na parte que me toca, escrevo no sentido de elencar os problemas e apresentando soluções. É pouco? Se calhar...
3 comentários:
Então vamos lá apostas em Novas Republicas a instalar na baixa da cidade, criar roteiros turisticos para a baixa da cidade e não só para a zona da Universidade.
Está na hora de apostar no comercio sazonal com isenção das taxas e taxinhas para o municipio.
O Sr. Luís Fernandes ainda não entendeu que o que diz o Dom Rafael o Castelão é a opinião generalizada dos conimbricenses. Comercialmente, a baixinha de Coimbra está morta. Acabou, morreu. Chega de protestar contra os centros comerciais. Já quando foi da abertura do Continente no Vale das Flores foi um ai jesus. Por exemplo, nem Coimbra nem nenhuma cidade do mundo precisa de uma rua cheia de sapatarias. Eu sei que cada uma delas tem uma história e se calhar todas mereciam ser considerada históricas, mas os tempos de há vinte ou trinta anos em que a baixinha era o centro comercial de Coimbra, como se fosse um mercado marroquino onde toda a gente se ia abastecer de tudo, já acabou e não volta. O futuro da baixa está na recuperação das casas para habitação e esse é um processo difícil que tem mais a ver com os proprietários do que com a câmara. E depois algumas lojas especializadas, modernas, com sangue fresco. A câmara pode ter algum papel na ajuda à recuperação dos prédios, talvez subsídios, sei lá. Mais do que isso, só se a própria Câmara comprasse a baixinha ;). O Mercado Municipal, sim, aí a câmara poderia ter outro papel, mas isso é outro assunto.
NOTA DO EDITOR
Meu caro anónimo, entendo perfeitamente essa sua inclinação para a defesa de uma tese que lhe dá jeito -afinal o seu emprego depende do situacionismo, da continuidade de fazer floreados para inglês ver. Mas se, por um lado, compreendo a sua posição, por outro, já não aceito a sua desonestidade intelectual. E vou explicar melhor:
”Comercialmente, a baixinha de Coimbra está morta. Acabou, morreu. Chega de protestar contra os centros comerciais. Já quando foi da abertura do Continente no Vale das Flores foi um ai jesus”
Se você assume que a baixinha de Coimbra está morta, acabou, morreu, mais uma razão para o caro anónimo, que tanto diz defender a causa pública como afirmou em algumas conversas entre nós, se envolver pessoalmente na sua regeneração. É para isso que é pago através do erário público. Esqueceu? Se é pouco e devia ganhar mais, isso é outro assunto.
Bem sei que lhe dava jeito que eu parasse de protestar. Se dava?!? Acontece que cada um tem a sua cruz, e, passando o exagero, eu serei a sua e a do seu grupo político. Vai ter de me gramar! Quando você estava na oposição, e, indignado, vinha queixar-se dos atropelos da Coligação por Coimbra, era tudo mais fácil. Não era? Pois era!
Interessante que só a partir de 2013, desde que você faz parte do poder, é que passou a defender o licenciamento de grandes superfícies. Por que será? Quem mudou de pensamento?
“Por exemplo, nem Coimbra nem nenhuma cidade do mundo precisa de uma rua cheia de sapatarias.”
Você podia ter sido mais criativo. Lendo praticamente tudo o que escrevo, sabe muito bem que nunca defendi essa prerrogativa. Há mais de duas décadas que, apercebendo-me de encerramentos contínuos, pugno por um comércio diversificado, e até por pequenos serviços que desapareceram da Baixa de Coimbra.
“O futuro da Baixa está na recuperação das casas para habitação e esse é um processo difícil que tem mais a ver com os proprietários do que com a câmara.”
Mais uma vez o caro anónimo mas conhecido, acomodando-se, não pensou muito. Está fraquito de grandes tiradas filosóficas.
É verdade que o futuro da Baixa está na recuperação das casas para habitação. Sendo muito importante, não é o único factor. Entre outros, é apenas um deles. É também verdade que este processo é da responsabilidade dos proprietários, mas, como sabe tão bem como eu, os senhorios estão descapitalizados e empobrecidos por sucessivas políticas governamentais e locais iníquas. O que está acontecer hoje com o centro histórico de Coimbra, apenas como exemplo, é o resultado de falta de justiça igual para proprietários e inquilinos, que já vem desde a Implantação da República. Os inquilinos sempre foram a parte endeusada e protegida e os senhorios os demónios a quem tudo é exigido. A começar pelo Departamento de Habitação camarário, sempre houve duas formas de agir diferenciadas. Como há décadas a sua gestão está entregue aos comunistas, os senhorios, independentemente de terem ou não posses, foram sempre tratados como o “grande capital” -sendo justo, saliento que desde a entrada deste vereador Francisco Queirós a filosofia mudou muito para melhor. Mas há uma questão que é preciso trazer à colação: a autarquia não pode continuar a atribuir casas com rendas inferiores a 5 euros. Isto é um ultraje! Só o pode fazer porque não lhe custa nada.
Continuando a responder ao seu comentário, a Câmara Municipal, enquanto entidade política e órgão de influência, resolvendo caso a caso, pode fazer mais do que faz, mas para isso é preciso desenvolver políticas que desonerem os interessados em recuperarem prédios e esta maioria, tal como as anteriores, não tem vontade. Por isso mesmo, a baixa não sai da cepa torta!
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