Segundo
uma informação pouco credenciada mas séria às vezes, na próxima
Assembleia Municipal de Coimbra vai votar-se uma recomendação ao
executivo para atribuir a medalha de cortiça ao croché colocado em suspensão no Largo da Freiria.
Está
a decorrer desde 04 de Julho até 31 de Agosto de 2016 o IV Festival
de Croché Social de Coimbra. É uma iniciativa da Câmara Municipal
de Coimbra e com a colaboração de IPSS's, Associações, entidades
e comerciantes de Coimbra, com instalações artísticas em espaço
público.
Anunciado
em cartazes distribuídos na cidade, ao vivo e a cores, as mostras
artísticas deveriam poder ver-se na Rua Fernandes Tomás, Escadas de Quebra
Costas e Largos do Arco de Almedina, Largo do Poço, Largo do Paço
do Conde e da Freiria.
Este
ano, e excedendo tudo o que até agora foi concebido e realizado, as
obras distribuídas na Baixa ultrapassaram tudo o que se possa
imaginar. As peças expostas nos Largos do Poço, Paço do Conde e da
Freiria, numa técnica até agora nunca praticada em Portugal, foram
tão meticulosamente tecidas que até parecem invisíveis. Como arte
viva, sente-se a sua forte presença a tocar os sentidos mas não se
vê. A balouçar ao vento como velas desfraldadas imaginam-se as
caravelas henriquinas. O Sol, como raios x, atravessa o tecido e não
provoca sombra. Invisíveis para todo o género de animais, incluindo
três simpáticos gatinhos que se divertem no Largo da Freiria, os
quadros entrelaçados estão livres de levarem uma cagada fortuita da
passarada. Ou até da destruição de vândalos. É de prever que, contrariando as mostras antecedentes, em
que as obras ficaram queimadas pelos raios solares, para o ano
estarão impecáveis e prontas a ser colocadas em toda a cidade. Como
se sabe, um dos problemas maiores foi sempre a forte degradação dos
painéis trabalhados à mão.
É
uma criação tão fantástica, tão excepcional, tão grandiosa -que
ultrapassa tudo o que se possa imaginar. Só visto! Nem admira a
proposta dos deputados em levar o assunto ao executivo.
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