OS BANCOS DO POVO
O Cadacho dorme a sono solto e parece
sorrir,
no banco do
povo, nacionalizado, da Nação,
sabe-se lá o
que sonhará o homem para rir,
sabendo eu
que a sua vida é igual à do cão;
Mas o Cadacho é um simples homem,
coisa pouca,
o animal,
por ser divinizado, merece outra protecção,
na igreja,
São Tiago ajuizará que esta gente anda louca
e roga a
Deus um raio de luz nestes valores de inversão;
O Cadacho, vadio, borrachão, não
merece um único olhar,
é um maltrapilho
sem eira nem beira na antecâmara,
entre o
abandono nesta vida, espera a morte que calhar,
se fosse
gato já teria sido notícia numa reunião de Câmara;
O Cadacho, ignorante, não entende o
que se passa agora,
o executivo,
feito por homens, discute a vadiagem animal,
parece-lhe ver
que há gatos escondidos com rabos de fora,
a fazerem a
folha ao Queirós e isolá-lo no Gatil do Choupal.
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