terça-feira, 5 de abril de 2016

OS BANCOS DO POVO



OS BANCOS DO POVO


O Cadacho dorme a sono solto e parece sorrir,
no banco do povo, nacionalizado, da Nação,
sabe-se lá o que sonhará o homem para rir,
sabendo eu que a sua vida é igual à do cão;
Mas o Cadacho é um simples homem, coisa pouca,
o animal, por ser divinizado, merece outra protecção,
na igreja, São Tiago ajuizará que esta gente anda louca
e roga a Deus um raio de luz nestes valores de  inversão;
O Cadacho, vadio, borrachão, não merece um único olhar,
é um maltrapilho sem eira nem beira na antecâmara,
entre o abandono nesta vida, espera a morte que calhar,
se fosse gato já teria sido notícia numa reunião de Câmara;
O Cadacho, ignorante, não entende o que se passa agora,
o executivo, feito por homens, discute a vadiagem animal,
parece-lhe ver que há gatos escondidos com rabos de fora,
a fazerem a folha ao Queirós e isolá-lo no Gatil do Choupal.



"Canil “esconde” localização de gatos recolhidos na rua" -Leia aqui.








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