O Joaquim Cadaxo é um pária, um perdido no tempo
a recusar regras de cariz social, que deambula pelas ruas, ruelas e mais
particularmente pela Praça do Comércio onde assentou o seu quartel ao luar há
vários anos e sempre a cair em progressiva degradação.
Graças à atenção dispensada a este caso pela assistente
social Joana Nogueira, da Divisão de Acção Social e Família –Equipa de
Rua/EMIS – Equipa Móvel da Câmara Municipal de Coimbra de Intervenção Social- o
Cadaxo foi internado para reabilitação nesta última quarta-feira.
O facto de referir o nome da técnica camarária
não vem ao acaso. Fui testemunha do seu redobrado esforço e sensibilidade para
encaminhar este desenraizado da vida e, tal qual como criticamos, na mesma
medida e em equidade, devemos relevar quando constatamos o oposto. Conhecendo
(parcialmente) os escolhos em que se navega no oceano da doença mental em
Portugal, e sabendo que alguns bons resultado assentam sobretudo e
essencialmente na dedicação de muitos bons funcionários públicos, é um prazer
escrever sobre um êxito ainda que diminuto e incompleto. Como alguém diria, ninguém
espere salvar o mundo sozinho, mas se isoladamente salvar apenas uma pessoa estará
a contribuir para uma transversal e necessária humanidade.
(TEXTO ENVIADO, PARA
CONHECIMENTO, À CÂMA MUNICIPAL DE COIMBRA)
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