Esta noite, por volta das 04h00, foi assaltado
o “talho do Machado”, na Rua das
Padeiras. Na última década esta é a sétima vez que, em detrimento de outros, os
ladrões preferem os enchidos, as carnes e o queijo do José Fernandes e do
Fernando Pratas –ex-empregados e actuais sócios em exploração do reconhecido e
mais célebre açougue da cidade. A penúltima vez em que sofreram uma intrusão
foi na noite de 25 de Fevereiro passado.
Segundo José Fernandes, “desta vez foi uma limpeza geral. Levaram
presuntos, queijos, chouriços, carnes diversas e até duas pernas de porco.
Rebentaram com uma porta lateral de alumínio, que dá para a Rua do Almoxarife. Estiveram
à vontade. Até para transportar os artigos preferiram os nossos sacos. Chamámos
a PSP, que tomou conta da ocorrência, e vamos accionar o seguro. Tivemos um prejuízo
presumível na ordem dos 800 euros.”
Quando interrogo o que vai fazer para evitar
futuros acontecimentos, diz Fernandes: “Vamos
contratar uma empresa de alarmes, talvez assentar câmaras de captação de
imagens –ainda não sabemos bem."
Quando lhe pergunto se vão manter as portas de
alumínio –que naturalmente conferem uma desusada fragilidade ao
estabelecimento-, enfatiza José: “substituir
as portas não vale a pena. Os ladrões rebentam tudo. Só aplicando ferro
reforçado e mesmo assim…”
Deveria falar da segurança que compete
assegurar pela PSP, mas já nem sei se valerá a pena bater no ceguinho. Esta
corporação de prevenção pública há muito que deixou de fazer trabalho de
vigilância nocturna na Baixa. Por vários motivos –não completamente atribuíveis
ao corpo de polícia-, sobretudo emanados da política, do Ministério da Administração
Interna, entre eles a poupança de meios humanos e de defesa, estabelecimentos e
residências, todos juntos, estão entregues à sua sorte durante o período da
noite.
Não há dúvida de que, a posteriori, a PSP sempre que chamada acorre –sou testemunha-, porém, só depois de portas arrombadas. Falta polícia no Centro Histórico para prevenir assaltos, mas alguém se importa com esta lacuna?
Não há dúvida de que, a posteriori, a PSP sempre que chamada acorre –sou testemunha-, porém, só depois de portas arrombadas. Falta polícia no Centro Histórico para prevenir assaltos, mas alguém se importa com esta lacuna?
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