Com 94 anos, faleceu hoje Manuel Augusto da
Silva. O “senhor Manuel”, como era
carinhosamente tratado, foi um dos grandes comerciantes da Baixa de Coimbra.
Durante largas décadas a sua loja de tecidos a metro, a Transmontana, e de artigos para o lar, na
Rua do Corvo, e até cerca de 2005, expediu produtos têxteis para todo o país. Pelo
seu estabelecimento, sobre a sua orientação ministrada em bons ensinamentos, passaram
vários empregados e hoje estabelecidos por conta própria na cidade.
Durante as décadas de 1980/90 habituei-me a
ler as suas crónicas na página do “Fala o
Leitor” do Diário de Coimbra. Recordo bem, eram textos simples, sem grande
rasgo literário, mas com uma acutilância incrível e sempre em defesa da Baixa
de Coimbra. Apesar de bem de vida –o que aos meus olhos ainda relevava mais a sua
condição de interventivo no tecido social-, escrevia sobre tudo o que, aos seus
olhos, lhe parecia injusto para alguém. Partiu um modelo de comerciante de
parâmetros únicos, que não se acomodava ao meio em que se inseria, e que sem
medo colocava o dedo na ferida.
O corpo do saudoso Manuel Augusto da Silva
encontra-se em câmara ardente no Centro Funerário Nossa Senhora de Lourdes
(Capela Ressurreição). Amanhã, Sábado, pelas 10h00 será celebrada missa de corpo
presente e, em seguida, o féretro seguirá para o Cemitério da Conchada.
À sua família enlutada, nesta hora de grande sofrimento, em nome da Baixa –se posso escrever assim- os nossos sentidos pêsames.
À sua família enlutada, nesta hora de grande sofrimento, em nome da Baixa –se posso escrever assim- os nossos sentidos pêsames.
Sem comentários:
Enviar um comentário