quarta-feira, 18 de novembro de 2009

COMEÇARAM AS OBRAS NA RUA DA SOTA







Quem passar junto ao Café Angola, no Largo das Ameias, pelas máquinas e o pessoal que começou a atapetar o chão, facilmente se apercebe que a Rua da Sota está em obras de recauchutagem.
Conforme já escrevi aqui, era bom –por imperativos de bom senso- que o Gabinete para o Centro Histórico não teimasse em sacrificar uma faixa pedonal da rua por causa de meia-dúzia de lugares para estacionamento.
A Baixa não precisa de lugares para automóveis –basta dar uma volta pelos estacionamentos privados para ver o excedente de oferta. Precisa, isso sim, de gentes. Ora, é fácil de ver, é preciso tornar as artérias e praças agradáveis para que aquelas venham e se mantenham.
O automóvel é necessário, mas é para transportar pessoas para cá, não é para deixá-lo invadir todo o espaço disponível.
Haja ponderação e, já agora, recomendo eu, já que ninguém me liga, ouçam Carlos Clemente, o presidente da Junta de São Bartolomeu. Ele, por andar por aqui há muitos anos, sabe muito bem do que o centro histórico precisa. Ouçam o homem e ponham a partidarite de lado. O que importa é o bem comum.
Mas, ao passar lá, não poderia deixar de ouvir um funcionário que batia fortemente na pedra calcária. Então como estão a decorrer as obras? Questiono. “Muito bem. Somos uma firma especializada neste tipo de serviço. Os donos dos restaurantes é que têm de ter paciência connosco –e não têm muita. Querem sol na eira e chuva no nabal... e não pode ser! Como quem diz, querem a rua arranjada mas não nos querem ver por aqui, ou então que trabalhasse-mos de noite. É lógico que não pode ser. Nós compreendemo-los bem, mas têm de ter paciência connosco…”

1 comentário:

Anónimo disse...

As obras neste local, deviam ser mais abrangentes...é importante para o comércio, para os habitantes e não só, fazer circular os habituais frequentadores indesejáveis...

A medida apontada, também tem de fazer parte da reabilitação da Baixa da nossa terra.

Coimbra sempre.