sábado, 4 de junho de 2022

MEALHADA: A FEIRA DE ARTESANATO PRECISA DE MAIS SINALIZAÇÃO NA ESTRADA NACIONAL










Com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e outras entidades de vulto do espectro político e social, hoje à tardinha, foi inaugurada a Feira de Artesanato e Gastronomia Mealhada 2022.

Por impossibilidade, não estive presente no cortar de fitas (e tenho a certeza que não fiz falta, nem alguém deu por isso), isto para dizer que não posso ter opinião sobre uma festividade a que não assisti, mas amanhã, sem falhar, calcarei aquela terra sagrada do Jardim Municipal.

O que me levou a escrever este pequeno trecho é sobre uma questão que não considero de somenos: a divulgação do certame na zona circundante.

Como ressalva, gostava muito que este reparo seja entendido como proactivo e não o contrário, de “bota-abaixo”.

Passando à frente, durante a manhã de hoje estive na cidade e, por razões minhas, tive de me deslocar próximo do recinto ocupado pela feira. Como não havia placas indicativas de alterações do desvio de rota, eu e outros automobilistas andámos para lá às voltas, como cão perdido em vinha vindimada. Detalhe facilmente de colmatar se se tomar em conta a importância de todos os que vivenciam a cidade.

Logo a seguir ao almoço, reparei que nas quatro rotundas – que fazem número para as quatro maravilhas – da Estrada Nacional não havia qualquer sinalética a indicar o evento que estava para acontecer - ou, se calhar, não dei por ela.

Quando regressei à noite, vindo de Coimbra, constatei que havia uma amostrinha de seta, cerca de 20x10 centímetros, em apenas três rotundas: a do Lidle, a Do Cine Teatro Messias e a do antigo posto da Brigada de Trânsito. Isto é, na rotunda da Auto-estrada, que porventura será a mais importante, não vi nada.

Por favor, senhores que aspiram tanto o sucesso desta alegoria como eu, coloquem rapidamente uma placa de cerca de um metro de altura por cinquenta em cada rotunda. E mais: sendo amanhã Domingo, dia de romaria aos restaurantes pelo excelente leitão, que não se cansem de encher as bermas da estrada nacional com publicitação ao evento.

Tenho que referir que esta lacuna de publicitar eventos na principal via de acesso é transversal a vilas e cidades; aprumam-se no arranjo do local do acontecimento mas depois esquecem que é preciso espalhar a boa-nova a quem chega de novo.

Só para exemplificar: há cerca de duas semanas, com organização da Junta de Freguesia, realizou-se no Mercado Municipal da Pampilhosa uma feira de artesanato e velharias. Entre a saída da Estrada Nacional, junto ao restaurante Boa Viagem e o mercado, inclusive, onde se realizava o encontro, nem uma única indicação. Resultado desta falta de atenção: um enorme desalento para os poucos expositores presentes, e que convidava pouco a voltarem.

É normal os autarcas quererem apresentar festas nas sedes de concelho, e o recurso a feiras e feirinhas, por ficar barato, difunde-se como uma pandemia. O problema é que se concentram tanto na logística, no planeamento interno, que é habitual esquecerem que os vendedores, muitos vindos de longe, são actores de uma peça cénica gratuita e convidados para desenvolverem o seu desempenho com base na esperança de venderem alguma coisa. E os que não vendem? Quem sustenta as suas deslocações com combustíveis caríssimos? Ninguém se admire se, num futuro muito próximo, estes artistas venham a exigir contrapartidas.

Para que as coisas corram da melhor maneira, divulgue-se, divulgue-se, divulgue-se com um carro de som pelas aldeias dos arredores, pelos painéis publicitários, nos “outdoors” vazios ao longo da estrada, publicite-se na rádio e televisão.

Sem informação não há conhecimento.

Vale a pena pensar nisto?


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