sábado, 5 de junho de 2021

MEALHADA: O QUE FAZ FALTA PARA ANIMAR A MALTA? (1)



Nesta altura de pré-eleições autárquicas, em que os partidos e movimentos concorrentes à Câmara Municipal de Mealhada procuram novas ideias para apresentarem aos seus eleitores, penso que faz sentido, na linha da cidadania activa, pensarmos, individualmente mas destinado ao colectivo, o que, de facto, nos faz falta e é preciso implementar no futuro.

Não tenhamos medo de cair no ridículo. Não tenhamos receio de pedir o impossível. Afinal, na nossa condição de munícipe e eleitor, o nosso papel na sociedade é apontar defeitos ou omissões e apresentar soluções. Se é exequível? Bom, isso já não nos cabe avaliar. Quem governar a autarquia nos próximos quatro anos, se estiver disposto a correr riscos, experimentará e retirará dessa experiência uma ilação.

Esta minha publicação, a qual outras se seguirão, vão nessa direcção. A minha intenção, para além de apresentar propostas, é também despoletar em si, leitor, a possibilidade de pensar. Afinal, esta é a nossa terra, que será o resultado daquilo que nós defendermos e estivermos prontos a dar por ela; o nosso Concelho, aquela junção de lugares que juntos formam uma espécie de arquipélago de pontos habitados com a sua identidade muito sua e personalizada que os diferencia dos demais.


TRANSPORTES MUNICIPALIZADOS E COLECTIVOS PARA O CONCELHO


Com 112 km² de área e perto de 22 mil habitantes, o Concelho é limitado a norte pelo município da Anadia, a leste por Mortágua, a sueste por Penacova e Coimbra, a sul por Coimbra e a oeste por Cantanhede. A Mealhada, cidade e sede de Concelho tem aproximadamente 4500 habitantes. O concelho desfruta ainda de ótimas acessibilidades. É atravessado pela A1 com acesso pelo nó da Mealhada, pelo IC 2, pela EN 234 (entre Mira e Mangualde) e por uma rede viária municipal extensiva a todas as freguesias. É, ainda, atravessado pelas linhas ferroviárias do Norte e da Beira Alta e pelo Ramal da Figueira da Foz, que se cruzam na estação da Pampilhosa.

O Município da Mealhada é subdividido em seis freguesias: Barcouço, Casal Comba, Luso, Pampilhosa, Vacariça e União de Freguesias da Mealhada, Antes e Ventosa do Bairro.

E este conjunto de freguesia é composto por 44 lugares habitados, uns maiores que outros, naturalmente. Fazendo as contas aos habitantes no seu conjunto, moram na periferia da cidade cerca de 21550 pessoas.

O Concelho, para além da cidade de Mealhada, tem também duas vilas, Luso e Pampilhosa.

Ora, penso que está na altura de criar um serviço municipal de transporte colectivo para ligar as povoações, desde as mais afastadas até às mais próximas, até à sede de Concelho.

Este serviço público, numa fase experimental, deveria ser feito com pequenos autocarros não poluentes, se possível, e apenas com três carreiras: logo ao romper da manhã, à hora do almoço, e ao cair da tarde. Isto para permitir que quem trabalhe na cidade possa usufruir do transporte. Estas viaturas, umas no sentido ascendente e outras no contrário, com um roteiro global, deveriam ir a todas as aldeias do concelho.

Com um preço de bilhetes acessível e uma assinatura em passe social – não se pode esquecer que se trata de um serviço social à comunidade -, esta oferta visa sobretudo deixar todas as terras interligadas e, sobretudo, distribuir mais os habitantes da cidade pelos arrabaldes.

É preciso ter em conta que, a implementar esta medida nos próximos anos, para além de ir ao encontro do bom ambiente, nos primeiros tempos terá pouca afluência de passageiros. Isto porque a maioria detém transporte próprio. Mas, a meu ver, temos tudo para ganhar esta aposta.

Vale a pena pensar nisto?

 

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