domingo, 27 de junho de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA

 




Jornal da Mealhada (edição de 23 de Junho)


POSITIVO


A edição do Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena, começando pela capa com grafismo em cores mornas a que, edição sim, edição não, nos vem habituando, salienta-se mais a publicidade que os títulos que servem de “chamaril” para o leitor comprar o quinzenário. Era bom que se encolhesse a publicidade na primeira página e se alargasse com mais títulos. Apesar de, a meu ver, necessitar de algumas correcções, apresenta-se mais ou menos bem aos seus assinantes e leitores.

O interior do caderno, com três páginas sobre as três décadas da EPVL, Escola Profissional Vasconcelos Lebre, pareceu-me um tema importante e até esclarecedor a ser tratado.

Por lhe ser muito caro e devido à condição de candidato pelo Movimento Mais e Melhor (pelo Concelho da Mealhada), compreende-se perfeitamente o mutismo, a escusa em comentar este tema, de Carlos Cabral, antigo presidente da Câmara Municipal de Mealhada. Mas fez falta. No entanto, saliento, sempre que intervém no espaço mediático as suas críticas, pela profundidade, fazem pensar. Relembro as suas crónicas incisivas e acutilantes publicadas no Jornal da Bairrada. O Jornal da Mealhada, para atingir a excelência, precisa, com alguma urgência, de colaboradores independentes com facilidade de analisar o espaço político e social do concelho, como ele; que escrevam o que pensam, com total liberdade de pensamento. Por que razão tanta resistência a esta inclusão de comentadores?

Salienta-se também no caderno a diversidade de temas. Gostei muito da edição desta semana.


MENOS BOM


Sem me cansar de escrever, mesmo correndo o risco de me tornar insuportável, repetindo, o JM continua a publicar fotos demasiado grandes e que, como é óbvio, roubam espaço ao quinzenário. Um jornal local pode ser também uma espécie de álbum fotográfico para a posteridade, porém, jornal, tendo em conta o étimo e como o nome indica, é uma “publicação periódica constituída por uma série de folhas grandes de papel, dobradas em caderno, onde foram impressas notícias, reportagens, crónicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público”.

Na semana passada falei de uma necessária reforma para a rubrica “Na Rede”. Este tema criado há cerca de três meses, pelo plasmar de pequenos desabafos publicados nas redes sociais por munícipes, uns mais conhecidos que outros, até era muito interessante. Na crítica à edição anterior, pedia apenas que, conforme o seu estatuto, se identificassem os autores e que as suas prosas fossem legíveis aos olhos comuns. É que eram de tal modo minimalistas que só se entendia com recurso a lupa.

Ora, o que fez a redacção do jornal? Aceitou a sugestão? Nada disso. Acabou de vez com a rubrica.

Por outro lado, tendo em conta o aproximar das vindimas no próximo Outono – como quem diz, as eleições autárquicas -, era bom que se iniciasse a preparação dos cestos, ou melhor, começasse a entrevistar os candidatos à Câmara – e porque não incluir também os concorrentes à Assembleia Municipal? Os leitores, sobretudo os menos informados, precisam de saber com o que podem contar e escolher onde devem depositar o seu voto. Ainda digo mais, antes de apresentar as entrevistas, por exemplo, poderia ser feito um historial de cada partido e movimento; as suas correntes filosóficas e históricas; o que defendem e repudiam no todo nacional.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (edição de 24 de Junho)


Conforme nos tem habituado, a grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Nada a apontar.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 18 valores. 



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