(Imagem da Web)
Para
os mais atentos, não sei se tomaram conta do fenómeno: o período
da “longa noite do fascismo” encolheu.
Até
há pouco, sempre que se referia a vigência do autoritarismo,
falava-se em 48 anos. Subitamente, sem razão plausível, sobretudo
na televisão, passou a proferir-se 45 anos como o tempo em que a
Nação esteve exposta a um regime autoritário (para uns) ou
ditatorial (para outros).
A
razão directa, como é óbvio, tem a ver com a abrangência, isto é,
remete-nos para 1929. A questão é: o que aconteceu de relevante
neste ano, em Portugal? Para além dos efeitos da “grande
depressão”, que alastrou a toda a Europa, pouco ocorreu de
saliente no nosso país.
Por
outro lado, se entendermos que a ditadura começou com a Revolução de 28 de Maio de 1926, tendo por data finalizante o 25 de Abril de
1974, perfaz 48 anos.
Se
por outro lado, ainda, considerarmos a Constituição de 1933 como
estreante do Estado Novo, então, neste caso, a data que comemorámos
ontem de 45 anos depois de 1974, será de 41 anos.
Será
que se perdeu a noção de que a História de Portugal é um alicerce
básico no nosso saber intelectual?
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