quinta-feira, 7 de março de 2019

OS “MIÚDOS” DA ESCOLA DE SÃO BARTOLOMEU HOMENAGEARAM “A NOSSA PROFESSORA PRIMÁRIA”





Num ambiente de grande emoção, alegria e saudade, os alunos da Escola de São Bartolomeu do ano de 1984-1989 homenagearam a sua professora primária Natália Santos, agora com 75 anos.
Com encontro marcado para as 12h00 deste último Domingo na escola básica junto à Estação Nova, a emérita mestra, levada ao engano, sem adivinhar o planeado, foi completamente surpreendida pelo grupo de cerca de dezena e meia de convivas constituídos pelos filhos de gente humilde e outros mais abastados herdeiros do tecido empresarial da baixa comercial. Com o cumprimento efusivo “há quanto tempo, amigo(a)!”, os abraços e os beijinhos perpassaram por entre aquela congregação como água cristalina que atravessa a montanha e se materializa na fonte comunitária.
Depositando nas mãos da consagrada um cartão acompanhado com um ramo de flores, foi lido um texto laudatório da autoria de Ema Alho. Na assistência assim como na agraciada, uma lágrima furtiva rolou sem pedir licença e transformou o momento em relâmpago espiritual marcante e a religar como ponte existencial entre o passado e a posteridade. Sem conseguir disfarçar a comoção, declamou Ema:

Felizes, assim nos definimos hoje! É com imensa alegria
que, 30 anos depois, vimos ao encontro de alguém tão
especial: a nossa professora primária! Sim, com essa mesma
nomenclatura pois se tudo mudou no ensino, não mudou
aquilo que vivemos com ela. São marcas indeléveis que resultam
desse convívio... Não foram só letras e números. Foram valores
que nos foram transmitidos, foi o saber estar, foi a sede de
aprender. Se hoje somos adultos funcionais muito devemos a si,
aos laços que nos ensinou a criar, à autonomia que nos incutiu,
ao senso de justiça, ao amor, à amizade. Tudo isto só nos podia
ser transmitido por alguém tão especial que hoje fazemos
questão de homenagear: a nossa professora Natália! A si dirigimos
um enorme Obrigado! E acredite, apesar de muitos não poderem
estar presentes, foi com imensa alegria que nos fomos
"encontrando" aos poucos, que revivemos memórias e
percebemos que, passados tantos anos, por si e graças a si,
somos uma família: a sua turma de 1984 a 1988!
Hoje somos outra vez os meninos de sorriso leve!!! Obrigado!”

Com um grandioso convívio e um brinde a um futuro encontro com os restantes colegas, a festa de tributo a quem nunca se esqueceu e permanecerá para sempre na memória, prosseguiu com um suculento almoço no restaurante Aeminium. Trazendo à colação histórias do tempo de meninos, relembraram-se passagens de outros alunos que, mesmo não estando presentes, se mantêm na lembrança e se cruzaram por entre becos e ruelas da cidade e, sem diferenças de classe, numa igualdade sem contestação, se sentaram lado-a-lado na mesma carteira de madeira. Foi também feito um agradecimento à União de Freguesias de Coimbra pela disponibilidade em abrir as portas da velha escola intemporal.
Elevando os copos bem alto, em uníssono, todos gritaram: “obrigado professora. Até para o ano!”





1 comentário:

Unknown disse...

Muito obrigado por partilhar as nossas emoções e pelo texto que descreveu ...cumprimentos sr Luís Fernandes