Num ambiente de grande emoção, alegria e saudade, os alunos da Escola de
São Bartolomeu do ano de 1984-1989 homenagearam a sua professora
primária Natália Santos, agora com 75 anos.
Com
encontro marcado para as 12h00 deste último Domingo na escola básica
junto à Estação Nova, a emérita mestra, levada
ao engano, sem adivinhar
o planeado, foi
completamente surpreendida
pelo
grupo de cerca de dezena e meia de convivas constituídos pelos
filhos de gente humilde e outros mais abastados herdeiros do tecido
empresarial da baixa comercial. Com o cumprimento efusivo “há
quanto tempo, amigo(a)!”,
os abraços e os beijinhos perpassaram por entre aquela congregação
como
água cristalina que atravessa a montanha e se materializa na fonte
comunitária.
Depositando
nas mãos da
consagrada um cartão acompanhado com um ramo de flores, foi lido um
texto laudatório
da autoria de Ema Alho. Na assistência assim como na agraciada, uma
lágrima furtiva rolou sem pedir licença e transformou o momento em
relâmpago espiritual marcante e
a religar como ponte existencial entre
o passado e a posteridade. Sem
conseguir disfarçar a comoção, declamou
Ema:
“Felizes,
assim nos definimos hoje! É com imensa alegria
que,
30 anos depois, vimos ao encontro de alguém tão
especial:
a nossa professora primária! Sim, com essa mesma
nomenclatura
pois se tudo mudou no ensino, não mudou
aquilo
que vivemos com ela. São marcas indeléveis que resultam
desse
convívio... Não foram só letras e números. Foram valores
que
nos foram transmitidos, foi o saber estar, foi a sede de
aprender.
Se hoje somos adultos funcionais muito devemos a si,
aos
laços que nos ensinou a criar, à autonomia que nos incutiu,
ao
senso de justiça, ao amor, à amizade. Tudo isto
só nos podia
ser
transmitido por alguém tão especial que hoje fazemos
questão
de homenagear: a
nossa professora Natália! A si dirigimos
um
enorme Obrigado! E acredite, apesar
de
muitos não poderem
estar
presentes, foi com imensa alegria que nos fomos
"encontrando"
aos poucos, que revivemos memórias e
percebemos
que, passados
tantos anos,
por si e graças a si,
somos
uma família: a sua turma de 1984 a 1988!
Hoje
somos outra vez os meninos de sorriso leve!!! Obrigado!”
Com
um grandioso
convívio e um brinde a um futuro encontro com os restantes colegas,
a
festa de
tributo a quem nunca se esqueceu e permanecerá para sempre na
memória, prosseguiu com um suculento almoço no restaurante
Aeminium. Trazendo
à colação histórias do tempo de meninos, relembraram-se passagens
de outros alunos que, mesmo não estando presentes, se mantêm na lembrança e se cruzaram por entre becos e ruelas da cidade e, sem
diferenças de classe, numa
igualdade sem contestação, se
sentaram lado-a-lado na mesma carteira de madeira. Foi também feito
um agradecimento à União de Freguesias de Coimbra pela
disponibilidade em
abrir as portas da velha escola intemporal.
Elevando
os copos bem alto, em uníssono, todos gritaram: “obrigado
professora. Até
para o ano!”
1 comentário:
Muito obrigado por partilhar as nossas emoções e pelo texto que descreveu ...cumprimentos sr Luís Fernandes
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