Consta-se
cá no Beco da Paroleira que o anúncio da lista de candidatos
socialistas ao Parlamento Europeu trouxe uma azia danada a duas
pessoas no edifício camarário da Praça 8 de Maio, nomeadamente o
presidente da edilidade, Manuel Machado, e o vice-presidente, Carlos
Cidade.
O
primeiro, Machado, que já tinha as malas prontas para rumar até
Estrasburgo, Bruxelas e Luxemburgo, e o segundo, Carlos Cidade, que
já esfregava as mãos de contentamento para ocupar o cadeirão de
pau-santo do executivo, viram os seus planos completamente furados.
Adivinha-se
que o primeiro-ministro António Costa não terá esquecido que
Machado foi apoiante de António Seguro, o anterior secretário-geral
do PS e destituído em congresso por Costa.
Dizem
os politólogos cá da terra - em off porque não há coragem para
confrontarem os visados na cara - que nunca se viu uma coisa assim.
Continuando a citar os especialistas, como efeitos secundários, era
de supor uma melancolia manifestada num abatimento notório, mas
nunca seria de prever que ganhassem uma frustração azeda e
ressabiada e a descarregassem no cidadão comum. Ao que parece, o
bloqueio a um munícipe na recente reunião de câmara por parte de
Machado e apoio teatral de Cidade foi a revelação sumária de que
as duas estrelas cintilantes do universo regional não estão nada
bem. Pela apatia demonstrada na falta de reacção, tudo indica
também que até a oposição no hemiciclo foi apanhada de surpresa.
Neste
momento extremamente difícil para todos, presidente, vice-presidente
e oposição no executivo, sejamos solidários com quem tanto precisa
de nós. Ofereçamos o nosso ombro para que possam chorar.
(P.S. - Com a maior discrição, sem que alguém perceba e no maior segredo, um agradecimento para António Costa)
(P.S. - Com a maior discrição, sem que alguém perceba e no maior segredo, um agradecimento para António Costa)
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