sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A BAIXA VISTA DA MINHA JANELA: UMA CIDADE LIXADA (2)






ESCRITO POR MÁRCIO RAMOS


A Câmara Municipal de Coimbra promoveu o programa das festas de Fim de Ano na Baixa. A meu ver, embora para todos os gostos mas devo apontar algumas criticas. A pretensão é, se forem levadas em conta, para que para o ano se consiga fazer melhor.
Nesta despedida do ano velho, contrariando a tradição, houve uma novidade: um palco e festa no Terreiro da Erva. Foi pena começar e acabar demasiado cedo. Achei bom a autarquia ter usado um largo recentemente renovado numa zona degradada da cidade para, com a animação, contribuir para a sua revitalização.
Na Praça 8 de Maio vi a loucura que foi depois da 01 hora da madrugada. Estava superlotada, assim como também as ruas largas. Alguns cafés e restaurantes estiveram abertos e a câmara divulgou, achei louvável. Em triângulo, as pessoas moviam-se desta praça em direcção à Praça do Comércio e Largo da Portagem. Estou em crer que se a festa continuasse noite-dentro no Terreiro da Erva o programa teria ficado mais completo e enriquecido. Mesmo assim, foi lindo ver a Baixa com tanto movimento de pessoas a festejar o Fim-de Ano.
Agora uma outra nota no que toca ao horário dos artistas. Os “Club Banditz”, um duo de Coimbra criador de música para discoteca, estava anunciado na antiga praça velha às 23h30. Antes de mostrarem o seu trabalho foram antecedidos com a performance de um dj amigo daquele grupo.
O GNR, Grupo Novo Rock, estava publicitado em cartaz para as 23h30 em frente ao posto de Turismo.
Resultado deste, a meu ver, mau planeamento: cerca das 23h30, quando os “Club Banditz” estavam a iniciar, as pessoas presentes começaram a debandar em direcção ao Largo da Portagem para assistirem ao concerto dos GNR e olharem o fogo-de-artifício. Eu mantive-me no mesmo lugar desde inicio a ver o duo de Coimbra e, confesso, amei.
Pelo que verifiquei, acho que a apresentação dos artistas cabeça-de-cartaz deveria iniciar só depois do lançamento do fogo e depois meia-noite. Se assim não for, assiste-se a um tocar para o boneco dos músicos menos conhecidos que, merecendo mais respeito, vieram para mostrar o seu trabalho ao maior público possível. Estes desempenhos de primeira parte deveriam terminar impreterivelmente às 23h50, dando tempo para que as pessoas se deslocassem calmamente para o Largo da Portagem.
Disseram-me que o fogo durou 10 minutos e foi muito bela a sua coloração sobre a cidade na noite escura. Se me é permitida dar uma opinião, tendo o Mondego uma tão grande bacia de água, em vez de se ver o fogo a sair de um único local, por que não ejectar os foguetes em vários locais, entre a Ponte Dona Inês e a Ponte Açude? E já agora, por que não experimentar lançamentos também a partir do largo da Universidade? Repare-se que se faz isto mesmo na Madeira.
Apesar de considerar que muita coisa pode e deve ser melhorada, nunca vi a Baixa com tanta gente.
Bom Ano Novo para todos!



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