Yasmine Loza estuda em Coimbra há cerca de três
anos. Veio do Egipto em busca do saber. Reside na Baixa e por cá diz sentir-se
muito bem. Adora a cidade dos estudantes e toda a sua ambiência de paz e
serenidade societária. O que a incomoda mais, sobretudo, é o pouco amor que os citadinos
destinam à sua cidade, como se sabe, uma parte, distinguida pela UNESCO com a
mais alta excepção: Património Mundial da Humanidade. Yasmine não entende como
podem os moradores do Centro Histórico colocarem o lixo a qualquer hora e em
qualquer lugar. Também não entende que muitos deles passeiem os animais sem
trela e, quando estes defecam, não limpem os dejectos. É um imperativo de
cidadania. É um princípio básico de respeito para se (com)viver em sociedade.
Yasmine, quando vem para a rua
com a sua cadela White Terrier, traz
sempre consigo uns sacos de plástico para apanhar o que ninguém quer à sua
porta. Foi por já ter constatado várias vezes este procedimento relevante que
lhe pedi umas palavras e para posar para o “boneco”.
E se os portugueses aprendessem com esta
natural do nordeste de África? Para o bem e para o mal, somos todos embaixadores
em representação de uma etnia, um lugar, um povo, uma cidade, um país. Parabéns
Yasmine, por servir de exemplo aos relapsos conimbricenses. Não sei se será
tomado de imediato mas, como água mole em
pedra dura tanto dá que até que fura, pode ser que o ensinamento pegue.
1 comentário:
Muito Obrigada Sr. Luis Fernandes esquecer isso e esta é a melhor parte do que tenho vindo a fazer, somos vizinhos e eu realmente aprecio o grande reconhecimento :) Yasmine
Enviar um comentário