quinta-feira, 27 de setembro de 2012

COMÉRCIO ABERTO NO 5 DE OUTUBRO?




Caro Colega:

 O próximo feriado de 5 de Outubro calha a uma sexta-feira. Assim e atendendo à conjuntura económica do país e à grave crise que o comércio tradicional atravessa, diversos comerciantes da Baixa apresentaram a sugestão de ter  os estabelecimentos abertos nesse dia, e publicitar o facto para avisar os visitantes deste espaço comercial. Também o Mercado Municipal estará de portas abertas.
Face ao exposto a APBC apela a todos os comerciantes para a abertura neste dia.

Para uma atempada preparação da divulgação desta iniciativa gostaríamos que nos respondessem se estarão a funcionar no dia 5 de Outubro, até amanhã dia 28 de Setembro, através dos telefones 239 842164, 914872418, 914872455 ou e-mail apbcoimbra@gmail.com


Atenciosamente,

Armindo Gaspar
Presidente da Direção da APBC

Carina Alves
APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra
Rua João de Ruão, 12 Arnado Business Center, piso 1, sala 3
3 000-229 Coimbra
Tel. 239 842 164  Fax. 239 840 242

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NOTA DO EDITOR

 Sem que me fosse pedida opinião vou dá-la –ou não tivesse eu sempre um parecer para tudo.
Acho que perante a actual conjuntura económica, inevitavelmente, vamos todos ter de trabalhar cada vez mais. Não apenas para, com mais esforço, ganharmos menos, mas, acima de tudo para conseguirmos resistir ao que estamos a passar e as nuvens negras que se adivinham. Bem sei que esta minha posição não será unânime. Em face desta proposta, muitos dos colegas pensarão “mas para que raio vou eu para a loja a um feriado se nos dias normais já pouco vendo?”. Ora bem, esta ilação formalmente está correcta, materialmente é que não. E porquê? Precisamente porque, por um lado, nunca se sabe quando se poderá fazer um bom negócio, por outro, há uma questão fundamental: cada vez mais terá de se mostrar ao visitante da Baixa, nosso cliente habitual ou esporádico, que estamos dispostos a sacrificar a nossa vida pessoal e familiar para salvar os nossos negócios –escrevi “nossos” intencionalmente, porque só agindo em grupo conseguiremos ter força, pujança, energia –são sinónimos, mas, não importando, reforça a tese.
Bem sei que andamos todos sem alento anímico –às vezes até parecemos uma “barata tonta”- mas, vá-se lá buscar entusiasmo sei lá onde, temos de acreditar –vou repetir: ACREDITAR- de que somos capazes. Temos de ter esperança, porra! Afinal, se não dermos o exemplo, como é que vamos mostrar aos nossos filhos que não caímos à primeira “zoeira” de vento? Basta recorrer à memória dos nossos pais para ver o quanto sofreram para nos criarem. Lembram-se? Estão a visionar? E eles, connosco catraios tantas vezes a pedirmos um brinquedo, fazendo um esforço danado para não chorarem perante o nosso apelo, lá davam uma desculpa esfarrapada para nos contentar. Sempre que estou em baixo, a lamentar-me da minha sorte, recorro a imagens do meu tempo de garoto e imagino a labuta dos meus pais. Será que, apesar da crise que vivemos, teremos o direito de choramingar? Pense nisso!

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