segunda-feira, 3 de agosto de 2009

JOANA AMARAL DIAS: UMA INDELICADEZA




Já muito se escreveu sobre o convite de Paulo Campos, Secretário de Estado do governo do Partido Socialista (PS), a Joana Amaral Dias.
Com toda a oposição a fazer o maior chinfrim, nomeadamente o Bloco de Esquerda, onde a psicóloga de Coimbra milita, de modo a causar o maior dano na imagem de seriedade no primeiro-ministro José Sócrates. Não estou aqui armado em defensor do citado –até porque estou deveras chateado com ele porque não me convidou para deputado-, mas uma coisa devo questionar: até que ponto será cordial alguém nos convidar e, fazendo disso alarde, tentando reverter loas a nosso favor, temos o direito de publicamente fazer disso uma bandeira? Ou seja, será legítimo que a senhora doutora de Coimbra leve o seu caso para os “media”, depois de passar a informação pelo “ancien police de regime democratique”, Mário Soares? Será legítimo a imprensa fazer deste convite um caso nacional? Não estarão a passar um atestado de menoridade intelectual a quem segue as notícias no dia-a-dia?
Penso que, cada vez mais, pela saúde dos leitores, telespectadores e ouvintes, urge um pacto de regime para a imprensa portuguesa. Como pessoa interessada no que se passa ao meu redor, creio que, exceptuando o pico de verão –que, pela escassez, tudo serve para noticiar-, talvez pela banalidade, tais como pequenos assaltos, incêndios e outras questões menores já existe essa convenção, ainda que auto-imposta. O problema é que nas figuras de proa, políticos ou outros, tudo serve para impingir, poluindo os sentidos do público e lançando a confusão. Como no caso, pode ser um simples convite, um beijo em determinada pessoa, ou até um distraído traque ruidoso, que, pela violência na força expelida, mandou ao chão a Lurdinhas, que estava ao lado descansadinha, coitada. Tudo é notícia.
Não é por nada, mas se não se criar uma rede, qualquer dia, o público em geral, já nem ao importante liga, quanto mais ao acessório. Tenham dó…

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