domingo, 14 de janeiro de 2024

BARRÔ: UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE A ALEGORIA DE SÃO SEBASTIÃO




Realmente é verdade. São mordomos e ficam de fora.”

(Comentário recebido)


Meu caro, para mim, a nomeação para mordomo das festas de São Sebastião, que decorrem anualmente em 20 de Janeiro em Barrô, implica assumir uma responsabilidade. Ou seja, o grupo nomeado deve chamar a si o encargo de realizar as festividades sacro-santas (Missa e Procissão) e profanas (bailarico com um grupo musical, e outras iniciativas que elevem a povoação ao mesmo nível das vizinhas). Contudo, isto não quer dizer que se façam os festejos sem um obrigatório plano financeiro atempado.

Acontece que o grupo nomeado (5 residentes, incluindo a minha pessoa) começou a ser instigado a reunir por mim logo em Fevereiro de 2023, para se encontrar e planificar as iniciativas como, por exemplo, almoços no Pavilhão local, venda de bens em leilão, rifas para um sorteio, torneio de sueca, entre outros. A resposta dada foi "sim, temos de reunir".

Por volta de Maio, voltei a sensibilizar alguns elementos do grupo para a necessidade de nos encontrarmos. Numa espécie de encolher de ombros, foi dada a mesma resposta.

Gostaria de relembrar que para as Festas de Nossa Senhora da Natividade, no Luso, e cujo um dos mordomos das festas burriqueiras era, simultaneamente, também um dos nomeados em Barrô, foram feitos vários eventos de angariação de fundos, tais como, uma primeira porta-a-porta, por volta de Março e, nos meses seguintes, seguidos de um almoço na Associação Recreativa de Várzeas e mais dois no Clube Recreativo de Barrô.

Por esta altura dos peditórios em Barrô, alertei que estava a haver uma preocupação excessiva com as festas de Luso e pouca atenção aos festejos de Barrô. Como quem diz, estava a faltar um pouco de orgulho bairrista com a nossa terra.

Volta e meia, continuei a alertar para a necessidade de reunir com urgência para se saber com o que se podia contar. Aos meus apelos insistentes foram feitos ouvidos de marcador.

Em finais de Setembro foi feita a primeira reunião. Nesse encontro, fui confrontado taxativamente que, por não haver tempo para captar fundos e não se saber com o que se poderia contar, só iria haver Procissão e nada de outras alegorias. Foi afirmado por quatro elementos, em coro, “de que, pessoalmente, não estavam em condições de poderem financiar a Festa de São Sebastião”. Foi acrescentado que só para efectuar a Procissão, com banda filarmónica, andaria próximo dos mil euros – e na altura ainda não havia um cêntimo disponível.

Adiantei que o facto de se fazer tão pouco pela festa do padroeiro do lugar constituiria uma vergonha para os envolvidos -incluindo a minha pessoa.

Alvitrei realizar um torneio de Sueca para tentar financiar o evento. E disse ainda que, em troca e para compensar, para não deixar cair a festividade, com tempo, poderíamos fazer uma Festa do Emigrante, em Agosto de 2024, na via pública, com uma banda musical – como já se fez em Barrô, outrora.

Ficou acertado que um dos responsáveis iria falar com o senhor padre na semana seguinte.

Foi dito também que, como estávamos nos últimos dias de Setembro, um dos elementos iria duas semanas para o Luxemburgo e que quando regressasse nos primeiros dias de Outubro, impreterivelmente, se faria uma reunião conjunta para debater o assunto.

Veio Outubro e consequente Novembro e, sobre a reunião prometida, nada.

Nos últimos de Novembro encontrei o membro que prometera o encontro e, depois de confrontado pela falta de palavra, disse-lhe peremptoriamente que, pelo desligamento manifestado, eu estava fora. Reiterei também que assumi fazer parte da mordomia porque acreditei na vontade de fazer acontecer dos envolvidos.

Mas adiantei que quando se fizesse o prometido encontro iria estar presente para, olhos-nos-olhos, dizer o que pensava. 

Não fui convidado para mais qualquer encontro. 

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