quarta-feira, 22 de setembro de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA

 




Jornal da Mealhada (edição de 15 de Setembro)


POSITIVO


Esta segunda edição depois das férias de Agosto, o Jornal da Mealhada (JM) parece apresentar-se revigorado e pleno de força anímica para encarar mais um ano.

A capa, com um grafismo em panóplia de cores suaves e de bom gosto, compondo a edição, mostra-se convidativa e sedutora para o leitor se sentir tentado a levar o título consigo.

Com duas entrevistas a dois candidatos à Câmara Municipal de peso, respectivamente Hugo Alves Silva, pela coligação Juntos Pelo Concelho da Mealhada, e Rui Marqueiro, recandidato pelo Partido Socialista, e com as listas de todos os candidatos às Juntas de Freguesia, às Assembleias Municipais e às Câmaras Municipais do Concelho da Mealhada e vizinhos, esta publicação apresenta-se melhorzinha, graças a Deus.

Por este andar ainda vamos ter o JM a bater-se, taco-a-taco, com o Jornal da Bairrada. Assim a direcção da Santa Casa da Misericórdia, numa decisão arrojada, pense que este órgão de informação deve estar cada vez mais virado, essencialmente, para a região que abarca a Mealhada, prestando um serviço público informativo de excelência, de cultura geral e indo ao encontro do gosto dos leitores e da diversidade social, e aposte em mais meios, jornalísticos e colaborativos, e, em vez de duas publicações por mês, com uma edição semanal. O jornal tem tudo para vencer, tem “alma”, atribuída pela experiência de décadas, tem nome gravado no inconsciente municipal, e é único no Concelho, o que o torna monopolista sem concorrência.


MENOS BOM


Como surdo, cego e mudo, que não ouve, não vê, não fala, como teimoso empedernido, o jornal continua com poucas alterações de substância.

Por exemplo, devendo chamar a si a liderança da informação no Concelho, deveria ter promovido um grande debate entre todos candidatos autárquicos, fosse no Cine Teatro Messias ou num estabelecimento privado na cidade. Se tivesse tomado esta iniciativa, para além de almejar uma outra projecção mediática, estava a contribuir para o esclarecimento político da população concelhia e a combater a elevada abstenção que marca sempre as eleições.

É uma tristeza enfadonha que os candidatos à Câmara Municipal não tivessem realizado um encontro, olhos-nos-olhos, com os eleitores. É certo que houve três debates via rádio, mas, nitidamente, não foi suficiente. Também da responsabilidade de todos os concorrentes, sabendo todos que os jornais, a rádio e as televisões nacionais, olham para a Mealhada como se olha para a província, onde se come bem e bebe melhor e o resto é paisagem, esta campanha autárquica, pela carência de exposição de ideias, pela disputa partidária e ideológica, fica marcada pelo desenxabido, sem sabor, e pela ausência de perguntas e respostas.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14,5 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (edição de 16 de Setembro)


Conforme nos tem habituado, pela grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Nada contra a referir.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 18 valores.


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