domingo, 5 de setembro de 2021

LUSO: ESPELHO MEU, HÁ MELHOR CANDIDATO DO QUE EU?

 

(Imagem do YouTube)



O debate, na RCPfm 92.6fm, Rádio Clube da Pampilhosa, transmitido via Facebook, entre os candidatos à Junta de Freguesia de Luso e concorrentes entre si nas próximas eleições autárquicas, que se vão realizar no dia 26, estava marcado para as 20h00 desta última Sexta-feira, 3 de Setembro.

Por questões técnicas, que levou a estação radiofónica a emitir um comunicado em acto de contrição, a emissão começou muito mais tarde e também com cortes, alegadamente por falta de sinal de Internet. Fosse por isso ou não, a verdade é que entre os dois vídeos reproduzidos na página do Facebook se nota um hiato, uma falha, acerca do que os antagonistas teriam dito, sobretudo, no que toca a melhoramentos, por si elencados, em várias povoações do Concelho.

Os aspirantes ao poder que se apresentaram foram: Claudemiro Semedo, actual presidente da Junta e que, concorrendo como independente, defende a camisola do Partido Socialista (PS); Nelson de Matos, pelo Bloco de Esquerda (BE); Óscar Carvalho, pela coligação PCP/PEV, CDU; Diogo Ribeiro, pelo movimento Independente Mais e Melhor (MM); e Ângelo Gomes, em substituição da cabeça de lista Andrea Dinis que não pode estar presente, em representação da coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada (JPCM), respectivamente, formada pelos partidos PSD-CDS-IL-PPM-MPT.


QUANTO À PRESTAÇÃO DOS CANDIDATOS:


Transversalmente, todos estiveram bem. Aparentemente tudo bons amigos, pareceu mais uma reunião colegial da mesma facção ideológica. Retirando uma pequena picardia de Ângelo Marques (JPCM) apontada ao movimento Mais e Melhor, dizendo que “era Mais do Mesmo”, não houve setas envenenadas mas sim canções de embalar. Podia até nem ser o pensamento comum, mas deram a perceber que estavam ali por espírito de missão e não por protagonismo pessoal.

Nelson de Matos, do BE, esteve muito bem. Com a lição bem estudada e alguma graça à mistura parecia um liberal a defender mais Cidadania e menos Estado. Com um discurso muito racional, gostei da sua passagem acerca de festejos populares caídos do Céu aos trambolhões, quando afirmou que para haver festas têm de haver pessoas. Disse ainda, e muito bem, que “os recursos são escassos”.

Óscar Carvalho, da CDU, embora bem de uma maneira geral, poderia ter apresentado a defesa do Luso com mais leveza, sobretudo quando atirou a suspeição que as águas da Fonte de São João não cumprem os critérios de análise laboratoriais em vigor. Instigado pelo jornalista moderador a ser claro, Óscar, defendendo que não o deveria fazer ali, escusou-se. Das duas uma: ou não levava o assunto a discussão ou, levando como levou, fundamentava a acusação. Não o fazendo, e deixando a balouçar o cisma, acabou por fazer pior.


QUANTO À MODERAÇÃO:


Achei que, por parte do jornalista mediador, faltou ali moderação. Nestes debates de duas horas, por respeito e equidade de todos, deveria haver um relógio para atribuir mais ou menos o mesmo tempo a todos. Pareceu-me uma conversa entre cinco candidatos que fluiu em roda livre, por vezes fugindo ao tema proposto.


QUANTO ÀS PROPOSTAS LEVANTADAS PARA BARRÔ:


Embora ouvisse por parte do candidato do BE que as propostas de melhoramentos para Barrô eram transversais a todos os candidatos, só percebi a resposta de Claudemiro Semedo (PS) que afirmou:


* “Estamos a avaliar a aquisição de um terreno para fazer um parque de merendas,

que foi solicitado pela Associação Recreativa”;

* “Barrô é uma das aldeias com mais crianças, e também um parque infantil”;

* “Na antiga Escola Primária, substituir o telhado”;

* “E, de acordo com a Câmara Municipal, reparar a estrada que liga a Vila Nova

de Monsarros


E A TAÇA DE CORTIÇA PARA A IDEIA MAIS ORIGINAL VAI PARA…?


Embora correndo o risco de estar a ser injusto, já que não consegui apreeder todo o debate, mesmo assim, arrisco a propositura de Claudemiro Semedo (PS) ao propor a construção de um cemitério para animais de companhia.

Como não foi perguntado pelo moderador, Semedo não disse se, em complemento e tal como já se faz em Bragança, se tenciona alavancar uma ambulância a uma das corporações de bombeiros para transportar animais feridos ou mortos.

Perante este luminoso ante-projecto dou por mim a vacilar: não sei se ria pelo insólito (dos Humanos), se chore pelo colossal endeusamento atribuído aos Animais.


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