sexta-feira, 16 de julho de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA




Jornal da Mealhada (edição de 7 de Julho)


POSITIVO


A edição do Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena, começando pela capa com grafismo em cores vivas, apenas pelas cores, salta à vista no ponto de venda.

A nosso ver, erradamente, continua a insistir na inserção de publicidade em primeira página e a desvalorizar os títulos de “caixa alta”. Por muito rentável que seja esta ocupação com propaganda a produtos, a verdade é que se está a adiar puxar o quinzenário para cima, como quem diz, torná-lo mais acutilante na relação com o leitor em banca. Já o escrevi, a continuar com o mesmo formato parece mais uma publicação impressa do Intermarché.

O interior do jornal, em que se continua a apostar em fotografias demasiado grandes e a ocupar demasiado espaço que deveria ser consignado a notícias, está muito interessante. Diversificado e abarcando temas de sociedade e de política partidária, no Concelho e fora dele, está muito agradável.


MENOS BOM


Continua a verificar-se a notória falta de articulistas a juntar aos existentes. Sobretudo, como já escrevi, que abarquem todo o espectro partidário onde persista o contraditório e o debate de ideias. O Concelho, vincadamente, sofre de disfunção política, ou seja, de uma iliteracia, uma ignorância acentuada. Esse trabalho de mensageiro, de levar esse conhecimento às bases populares, cabe por inteiro à imprensa local. O Jornal da Mealhada, ao desonerar-se da sua responsabilidade no esclarecimento político/público, para além de se se prejudicar a si mesmo, está a contribuir fortemente para a ignorância sistémica. Porque devemos interrogar: queremos um Concelho conhecedor do que se passa no seu seio, ou continuar a ter pessoas amorfas, sem opinião crítica, onde o receio de aparecer numa simples sessão de esclarecimento partidário que os possa conotar com a força política em causa é o prato do dia.

Por outro lado ainda, a oposição com assento na vereação deveria ter, obrigatoriamente, uma coluna na edição do jornal para que pudesse apresentar quinzenalmente aos munícipes o que se passou nas reuniões de Câmara.

Por outro lado ainda, já o escrevi há quinze dias, está na altura de arrancar com entrevistas aos candidatos que se vão apresentar a sufrágio no próximo 26 de Setembro.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (edição de 8 de Julho)


Conforme nos tem habituado, a grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Nada a apontar.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 18 valores.


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