Conforme
cerca de quinze por cento dos meus amigos do Facebook sabe – foram
os que me enviaram os parabéns -, comemorei o meu aniversário há
uma semana, mais propriamente na segunda-feira, 26 de Agosto.
Portanto, começo por lhes agradecer o encómio. Por razões que mais
à frente explico, tive de ser muito sumário nos agradecimentos
individuais. Creio que me congratulei a todos. Se porventura, por
lapso, não o fiz, as minhas desculpas.
Continuando nas
explicações, sem avisar alguém, à última hora, como quem diz em
vésperas, arrumei a trouxa e parti para longe - mais à frente
justificarei a razão de tal urgência. Pela falta de aviso prévio,
imagino quantos de vós sobrecarregados com prendas a baterem com o
nariz na porta. Perante o desaire, sei lá quantas imprecações
saíram das vossas virgens bocas. É fácil de antever, sobretudo
para os que traziam enormes brindes, por exemplo um computador, um
tablet, um plasma, e sei lá que mais?!? Já ao que toca a
cheques-viagens, bem calculo, não havia este problema. Mas,
encarecidamente, por um lado, peço perdão, por outro, aviso que, a
partir de hoje, estou completamente disponível, ou seja, vinte e
quatro sobre vinte e quatro horas, à vossa espera. Quanto antes,
venham lá a mim as vossas lembranças.
Quanto
ao ensejo de sair tão depressa do nosso meio, de facto, houve mesmo
um forte motivo que me obrigou a pegar na trouxa e zarpar. Querem saber? Querem mesmo? Está bem, eu conto. Então, é assim:
Dois dias antes de
comemorar os anos, no fim-de-semana, estava eu “descansadinho da
silva” a inteirar-me da política local em tempos da silly season
quando o telemóvel toca:
- Alô?
Quintans' Luis? Como estás, amigo? Daqui fala Jerry Nadler, da
maioria democrata da Câmara dos representantes, dos Estados Unidos
da América. Dos Staites, estás a ver? Fazemos oposição ao nosso
presidente Trump… Estás a acompanhar, não é verdade? Então,
continuando, há vários meses que, tentando aprender alguma coisinha
contigo, seguimos atentamente o teu “serviço” político
à cidade, contestando a prepotência do “Mayor”,
“Machado' Manuel” - tudo em inglês, está de ver. Para não
empatar o leitor, fiz logo a tradução automática.
- Muito
obrigado, senador - respondi no meu inglês macarrónico.
- Não
me interrompas, Quintans, que ainda não acabei…
- Faça
o favor de continuar, senador… - retorqui.
- Então,
é assim: por proposta unânime, decidimos atribuir-te um curso
intensivo de uma semana no Instituto Dale Carnegie, aqui em Nova
Iorque. Com despesas totalmente a nosso cargo, incluindo viagens de
ida e volta, a começar já na Segunda-feira.
- Mas,
senador… - balbuciei.
- Não
há mas nem meio mas! Não podes faltar! O lema do curso é “como
conseguir aguentar um líder prepotente e influenciar os seus
acompanhantes com propostas sérias”.
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