sábado, 21 de setembro de 2019

COIMBRA CIDADE DE TODOS OS FUTUROS

A imagem pode conter: céu, ar livre e natureza





Para quem não conhecer a cidade de Coimbra – claro que penso nos antípodas do mundo, só estes desconhecem o burgo mais avançado do planeta – até pode julgar que é um lugar onde onde os estudantes universitários, sobretudo em períodos de festas académicas, mijam e cagam em qualquer recanto mais escuro. Pela ignorância do vanguardismo da cidade dos estudantes, até pode pensar que o asfalto por onde passa todos os dias, como na Baixa, por exemplo, está cheio de crateras. Por absurdo, pode-se até imaginar que os munícipes colocam os seus excedentes na via pública a qualquer hora do dia. E mais: que o Cortejo da Queima das Fitas do ano passado produziu 25 toneladas de lixo. Pela má-fé de quem nunca cá pôs os pés, pode até engendrar que as ruas estreitas têm pouca luz devido à carrada de sujidade das luminárias públicas. Quem nunca atravessou o Arco de Almedina pode até pensar que os nossos jardins públicos estão completamente ao abandono. Pode-se até borboletear que os nossos políticos com assento parlamentar no hemiciclo local. Que pode pensar, lá isso pode. Porém…
Coimbra é uma cidade muito à frente do todo nacional, como quem diz, Portugal. E até do mundo inteiro, desde a China à Austrália.
Querem exemplos? Querem mesmo? Está bem, eu mostro. Em 23 de Setembro de 2010, o Diário de Coimbra noticiava o seguinte: Coimbra sem carros eléctricos inaugurou posto de carregamento”. Passando para o interior do jornal, “Coimbra terá, até ao final do ano, 27 lugares de estacionamento públicos, reservados exclusivamente para carregamento de veículos eléctricos, espalhados por nove pontos estratégicos (…). Ontem às 12h00 em ponto (…) inaugurou o seu primeiro ponto de abastecimento (…). Não foi fácil de inaugurar estes dois lugares de estacionamento (…) No concelho de Coimbra não há um único carro eléctrico a circular (…)”.
Querem outro? Querem mesmo? Está bem, lá vai: Coimbra é a única cidade no mundo onde, por exemplo, em nome do interesse público, se fizeram expropriações  e demolições para um metro de superfície que ainda não tinha nem planos nem verbas garantidas para a sua construção. A Lusa Atenas é (deve ser) a única cidade no planeta que manda desactivar, desconstruindo efectivamente, uma via ferroviária apenas com base numa promessa de um metro ligeiro. Isto, digam lá, é ou não é andar muito à frente do comum dos mortais?
Agora, digam-me, esta proibição do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, de proibir o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias, a partir de 2021, a favor do ambiente do planeta, tem alguma coisa de invulgar?
Só pessoas mal-intencionadas, venenosas e de alma negra podem retirar ilacções erróneas e dizerem mal deste passo gigantesco em direcção ao futuro, do criador do síndroma do Falcão: que na natureza sempre comeu carne e agora não. Aliás, por direito próprio, o magnífico deve ser proposto para candidato ao Prémio Nobel.
Coimbra, estando muito à frente, é mesmo uma lição!

Sem comentários: