terça-feira, 20 de abril de 2010

A COLUNA DO JORGE...



Rejuvenescer a Baixa através da recuperação dos edifícios

 Os proprietários de prédios degradados na zona mais antiga da cidade de Coimbra deveriam ser obrigados a recuperar os edifícios. A Câmara Municipal devia notificar os responsáveis pelos imóveis, dando-lhes um prazo para avançar com as obras. Caso estes não avancem com as obras ou não cheguem a um entendimento com a Autarquia, esta devia accionar os mecanismos previstos na Lei e tomar posse administrativa das mesmas, fazendo de seguida uma parceria com empresas de construção civil locais para a recuperação dos edifícios, para uma futura venda ou arrendamento a casais jovens e estudantes universitários. Em causa estão algumas dezenas de prédios, localizados na Baixa de Coimbra
Esta medida iria ajudar a recuperar a envolvência das praças, onde foram investidos muitos milhares de euros na beneficiação do espaço público e o trabalho de embelezamento da zona só ficará completo com a recuperação dos prédios.
 Seria uma medida que melhoraria a paisagem urbanística da Baixa, promovia o seu rejuvenescimento e daria nova vida ao comércio.
Jorge Neves


3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Jorge,a ideia é boa e já está prevista na lei,como refere.Mas coloca-se um grave problema:a maioria dos proprietários são pessoas actualmente sem condições financeiras para tal,salvo raras excepções é claro.Depois coloca-se outro problema que é o facto de as rendas praticadas serem muito baixas,algumas roçam mesmo o ridiculo,p.e.,um T2 por 10 euros ou uma loja por 45 euros.Os inquilinos não têm culpa,mas que receitas dá um imovel destes ao proprietário?Não me vou alongar em exemplos,já aqui no blogue escrevi acerca do assunto e, também o Luís Fernandes abordou o seu caso pessoal.De certeza que todos os senhorios gostariam de ter os seus bens em condições e valorizá-los,mas as receitas que o mesmo dá têm de acompanhar o investimento.Aliás,verifica-se em muitos casos que os rendimentos pessoais dos inquilinos é superior aos dos senhorios.Deitando por terra a ideia de que quem tem um imóvel tem posses e capitais próprios,não faz obras por que não quer.Na baixa, posso afirmar que a grande maioria dos senhorios são pessoas idosas,antigos comerciantes sem riqueza acumulada,com reformas miseráveis de 250 euros(por vezes são retidas por dividas ao estado do antigo comércio),a viverem mesmo numa pobreza escondida e disfarçada.Concluindo,nem sempre os inquilinos são os explorados.Um individuo pagar 7 euros de renda por uma casa na baixa não é explorar o senhorio?
Abraço Marco

Anónimo disse...

Boa tarde Marco, sei que a vida esta dificel para todos, neste artigo não me queria referir as casas em más condições que ainda estão habitadas, com rendas muito antigas, referia-me às casas que se encontram no coração da baixa, desocupadas pelo menos a 20/30 anos, que ano após ano degradam-se a olhos vistos.
Abraço

Anónimo disse...

Em resposta à pergunta que me fez no final do comentário, acho uma vergonha as rendas que se pagam.Nasci na baixa, mais propriamente na Rua das Azeiteiras, onde ainda hoje moram os meus pais,posso lhe dizer que todas as obras interiores foram pagas pelo meu pai, que não é dos que paga rendas insignificantes, mas mesmo assim tambem não paga uma renda ao nivel do que se devia pagar.Na rua das Azeiteiras existem pelo menos 7 casas desocupadas e degradadas, que em muitas delas ainda me recordo de morar gente, alias vizinhos, palavra que hoje já pouco se usa.