sexta-feira, 2 de abril de 2021

BARRÔ: UMA FRINCHA NA CAPELA

A pedido de várias famílias de Barrô, a Comissão da Capela, constituída por Edite Pedro, Luís Santos e António Amorim, tendo em conta que não haverá visita pascal devido ao confinamento, deliberou que a pequena catedral vai estar aberta no próximo Domingo, Dia de Páscoa, das 15h00 às 17h00. Salienta-se o esforço despendido pela líder da Comissão, Edite Pedro, alegadamente, junto do responsável pela paróquia, padre Rodolfo Leite, para que, ainda que simbólica, esta pequena abertura fosse possível nesta época tão marcante para os crentes e não crentes. A Páscoa tal como o Natal são datas que já ultrapassaram há muito o ecumenismo da religião Católica Romana. As suas comemorações, adquiridas pela humanidade como universais, passaram a ser símbolos globais representativos da paz, da passagem para uma vida melhor, mais regrada, a renovação e o nascimento de um novo homem. Louvando a iniciativa, como já escrevi várias vezes, um templo encerrado num lugar habitado não constitui simplesmente o alheamento à pratica da fé e da crença em Deus, acima de tudo, representa as costas voltadas da religião para com todos os naturais. Manter a ermida de portas fechadas é um convite ao desligamento da população à oração. É um corte profundo com o transcendente, mas, mais grave, é uma forte contribuição para o individualismo. Uma capela, mesmo pequena, é a personificação da revitalização da vida, pessoal e comunitária. Aos residentes interessados em fazer uma visita ao santuário recomenda-se que tragam máscara e não o façam em grupo.

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