sábado, 27 de fevereiro de 2021

MEALHADA: HOJE HOUVE ASSEMBLEIA VIA ZOOM

 

(Retirado da Web)




Entre as 10h00 e cerca das 14h00, realizou-se hoje uma sessão da Assembleia Municipal da Mealhada via Zoom.

Comecei a visionar já tinham decorrido duas horas, entrei, portanto, cerca do meio-dia. Nesta altura, o monitor mostrava 57 assistentes. Se deduzirmos os 26 envolvidos directamente, entre deputados, presidentes de juntas e presidente da Câmara Municipal, quer dizer que apenas 31 pessoas, munícipes ou outros, estiveram atentos. Convenhamos que, neste tempo de confinamento obrigatório, é um resultado muito aquém do desejado.

Sou um, entre muitos, que reivindica a transmissão das reuniões do Executivo e da Assembleia Municipal através da Internet. A minha esperança é que, com esta difusão, se derrubem as ilusórias paredes de vidro que separam os cidadãos dos seus membros eleitos, e aqueles ganhem confiança para intervir futuramente. Como se sabe, uma sessão de câmara tem o mesmo peso, pesado e tradicionalista, de uma audiência num tribunal.

Com tão poucos a assistirem, começo a ter dúvidas de que esta seja a solução para uma participação pública que todos desejamos. Tenho para mim que a maioria, em vez de se informar e verificar como funcionam as instituições, prefere andar de chapéu na mão e pedir o que precisam particularmente via telefone. É preciso, de uma vez por todas, que os cidadãos entendam que, com educação, devem “exigir” e não “rogar” aos seus representantes.

Quanto ao funcionamento da Assembleia Municipal conduzida por Daniela Esteves, durante as quatro horas de duração, foram votados e apreciados os oito pontos apresentados na Ordem de Trabalhos. No que vi, de forma global, pareceu-me uma sessão muito civilizada e com respeito por todos.

Quanto ao desempenho individual, no que vi, o Bloco de Esquerda e a CDU, através dos seus eleitos, são os que fazem mais interpelações ao líder do executivo, Rui Marqueiro.

Quanto ao presidente da Câmara Municipal também esteve bem. No entanto, ressalve-se que o verniz esteve mesmo para estalar quando Nuno Alegre, deputado do movimento Juntos pelo Concelho da Mealhada, economista de formação, questionou Marqueiro sobre várias cabimentações na Revisão Orçamental que lhe suscitavam dúvidas. Na resposta, Marqueiro ainda entrou de botas cardadas, mas, de repente, fez inversão de marcha e calçou chinelos de lã. Enfatizando, disse que não fossem acusá-lo de desrespeitar o senhor vogal Nuno Alegre, que, embora não pescassem no mesmo mar ideológico, aliás, até eram amigos. E a resposta do amigo, que disse que era amigo, deslizando como se fosse chão untado de manteiga, correu muito bem.

Parabéns a todos.


(só um pequeno à parte, um “rien de tout”: não faz sentido a convocatória para a Assembleia Municipal ser introduzido por “Dr.ª” Daniela de Melo Esteves. Refiro objectivamente o apêndice “Dr.ª”. Nos dias que correm não faz sentido, e a maioria de autarquias já perderam há muito o umbilical cordão que liga o nome. Não sei se concordam comigo, mas com a alusão, parece remeter-nos para o interior profundo)

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