segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA

 




Jornal da Mealhada (edição de 17 de Fevereiro)


POSITIVO


A edição desta quinzena do Jornal da Mealhada (JM), com um grafismo de capa numa panóplia de cores intermitentes, entre o verde, roxo, bordeaux e amarelo, está interessante.

No interior do caderno, abrangendo transversalmente vários temas relativos à cidade da Mealhada, está agradável e bem conseguida.

Quanto aos conteúdos, naturalmente, sendo objecto de escolha da redacção, nada há a apontar.

A distribuição de fotografias, embora com tendência para exagero, estão razoavelmente bem distribuídas.

Com uma nova rubrica, “Na Rede”, em que se publicam vários desabafos de “figurões” reconhecidos no concelho “apanhados” no Facebook, está engraçada e aplaudimos a iniciativa. Pelo menos, dá-nos alguma esperança que a direcção deste “nosso” periódico, por um lado, não está mouco à crítica, por outro, também não está confortavelmente sentado no banco do “deixa andar, deixa correr” e a sua vontade é, acima de tudo, melhorar e ir ao encontro dos interesses dos leitores. Já se sabe que não se pode agradar a todos, mas o seu leque de importância deve satisfazer uma maioria de “clientes”. Como se sabe, muitas publicações regionais editadas em papel desaparecem porque não existem críticas de retorno positivadas por parte dos leitores. Talvez porque os próprios órgãos de imprensa, incluindo os jornalistas que, no seu papel importantíssimo para a sociedade, julgando-se com poder messiânico, têm tendência em arrogar-se acima de qualquer análise, ou reprovação. Procurando o elogio fácil, ou a não-intervenção crítica do assinante, procuram marear à bolina (com a costa à vista). O resultado dessa apatia, como se imagina, é a decadência seguida de morte.


MENOS BONS


Continuam a faltar conteúdos para o leitor consumir. Pese embora o esforço para manter o JM mais vivo, o título jornalístico não pode continuar a ser lido em 15 minutos. A variedade é a porta da diversidade. E a diversidade é a chave para impedir que tudo seja igual. Nenhum mal virá ao mundo se o quinzenário, recebendo notícias da Lusa, publicar assuntos nacionais de interesse social, político e económico.

Conforme já tenho escrito, sem desprimor para quem colabora, é notada a carência de colunistas que abarquem os vários ramos da sociedade. O JM precisa de críticos que o retirem do oceano da modorra instalada. Em metáfora, e passando o exagero, não se pode prolongar a mesma opinião que se tem acerca de um sujeito que nunca intervém em nada, nunca se demarca com uma opinião de corte. Está sempre bem com todos. Quando morre a avaliação geral é sempre unânime: era uma joia de pessoa. Nunca dizia mal de alguém. Tanta falta que nos faz! - mas fará mesmo?

Fazem falta editoriais do director. Discurso directo, volta e meia, precisa-se.

Falta ambição à Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, proprietária da publicação, para, apostando na história do título e na sua viabilidade económica, aumentar o número de páginas (actualmente são 24) e transformar o JM em semanário.

De zero a vinte, atribuo a esta edição 15 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (EDIÇÃO DE 18 DE FEVEREIRO)


Em virtude do aniversário do Jornal da Bairrada (JB), ou talvez não, a edição desta semana foi de luxo. Com conteúdos diversos, com colunistas de várias esferas sociais, onde se inclui parte da sua história de 70 anos, o JB está duplamente de parabéns. Foi um gosto ler esta última publicação de 48 páginas.

De zero a vinte, dou-lhe 19 valores.


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