sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O QUE DIZEM OS JORNAIS SOBRE A VIDEOVIGILÂNCIA NA BAIXA?

(IMAGEM DA WEB)



 O Diário de Coimbra, o Diário as Beiras, e o Público limitam-se a transcrever na integra o que lhes foi comunicado na conferência de imprensa sobre o balanço de um ano de actividade das câmaras de videovigilância na Baixa da cidade. Segundo o que foi apresentado pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, pelo coordenador distrital da PSP, Paulo Macedo, e pelo (ainda) presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, e transcrito por estes jornais em título, “Criminalidade na zona da videovigilância decresceu 42%”.
Embora, saliente-se, o Diário as Beiras, em subtítulo, desafina um pouco e escreve “…mas assaltos a residências subiram em 100 por cento”. Aqui é o jornal a pregar uma partida e a fazer uma maldade aos apresentadores da “peça teatral”. O jornal pegou nas palavras do comandante distrital da PSP e escreve que “houve um acréscimo de 100 por cento de assaltos a residências (de três, em 2009, para seis, em 2010)”.
(Ver aqui o número de assaltos a estabelecimentos, durante o último ano).

E O QUE ESCREVE O JORNAL DE NOTÍCIAS?

A nossa conterrânea Carina Fonseca, no JN, optou pelo mesmo tipo de título: “Criminalidade desceu 42% na área coberta por câmaras”. Mas, saliente-se, dando uma lição de jornalismo aos nossos matutinos locais “Calinas” e diário de ex-Abrantes e ao nacional Público, não se ficando pela embalagem oficial recebida, foi para a rua ouvir a opinião das pessoas.

“OPINIÕES DIVERGEM”

“Armindo Gaspar reconhece que “tem havido menos assaltos nocturnos, ultimamente”. O comerciante, que viu a sua perfumaria assaltada em Abril, admitiu a hipótese de recurso a uma empresa de segurança para vigiar a Baixa, de forma permanente, à noite. É algo para discussão, referiu, adiantando que, em Janeiro, deverá haver uma reunião com comerciantes e outras pessoas ligadas à zona.
(…) “Sentimo-nos mais seguros”, diz Maria de Fátima Ramos, ao balcão do estabelecimento Foto Victor Ramos, que já foi alvo de assaltos. Sente que “foi uma medida boa”, que impõe um bocado de respeito”.
Já Luís Fernandes, dono da loja de antiguidades O Encanto da Freiria, que também já sofreu assaltos, tem opinião diferente: “O resultado da videovigilância é zero. O comerciante assegura que, no último ano, contou mais de vinte assaltos a estabelecimentos.
Branca Ribeiro, que costuma fazer compras na Baixa, conta que as pessoas continuam a ter medo de passar em ruas mais estreitas “a partir de uma certa hora”, mas aplaude a medida: “sinto-me mais segura e acho que (a videovigilância) é fundamental”. Tanto que se mostra favorável à sua aplicação noutros pontos da cidade e do país”. Extracto do texto de Carina Fonseca no Jornal de Notícias.

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