Já aqui falei dele várias vezes. É o Luís Miguel, mais conhecido por “Aspirante” –consta-se, aqui na Baixa, que foi aspirante na tropa. Não sei porque tenho uma atracção fatal por estas pessoas diferentes. Gosto de apreciar os seus gestos tão genuínos e profundos, a sua sinceridade no seu mais elevado grau de pureza. Não sei bem, mas é como se fossem o meu alter-ego, aquele louco que existe dentro de mim. E que arrumadinho lá nos subterrâneos da minha mente, por lá permanece aprisionado. Tenho a impressão que o Luís, outros loucos, outros vagabundos da cidade, será muito mais para nós do que simplesmente o que parece ser aos nossos olhos. Talvez simbolizem a liberdade…
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