terça-feira, 19 de agosto de 2008

RESISTIR ATÉ TOMBAR



A Tasca da Graça, situada na Rua Velha, no centro histórico de Coimbra, foi assaltada, neste fim de semana, pela 15ª vez.
Em princípio, pelo nexo causal, provocado pelas obras eternas no prédio ao lado, propriedade da Câmara Municipal de Coimbra, que se arrastam há cerca de quatro anos, desta vez rebentaram uma grade em ferro e roubaram, entre vários géneros alimentícios e bebidas, um moinho de café e um rádio. Estiveram tão à vontade que tiveram tempo para beber 3 cervejas minis e três Compal light.
Beberam sumo sem açúcar que assaltante que se preze deve manter a linha, até por imperativos “profissionais”. Tantas vezes, coitados, é preciso passar por um ínfimo buraco.
Lembro que devido à revitalização do prédio ao lado do estabelecimento hoteleiro, foi implantada uma estrutura em ferro e entaipada praticamente toda a rua até Março deste ano. Em consequência, o adorável estabelecimento desta simpática senhora, desde Setembro do ano passado, e até hoje, já foi violentado 19 vezes.
Com acção intentada contra a autarquia, a decorrer no Tribunal de Coimbra, pela co-responsabilidade nos assaltos, ao criar condições factuais, está marcada a audiência para o próximo Outubro.
Quando interrogo o senhor Victor, o marido da Dona Graça, como é que aguenta esta situação, ele responde: “estou fodido com isto! Não sei o que hei-de fazer à puta da minha vida!

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