sábado, 9 de agosto de 2008

REFLEXÃO



Eu gostava de escrever
uma história de encantar,
um enredo para sorrir,
uma narração para ler,
um estudo sem pensar,
nas coisas que hão-de vir,
o que interessa o não ter,
é preciso é saber estar,
andar nesta sempre a rir,
trabalhar para viver,
não viver para acabar,
predestinado a ferir,
como guerreiro sem o ser,
sem glória a lamentar,
tanto trabalho e sentir,
que aquilo que soube fazer,
foi andar sempre a lavrar,
de cara dura sem rir,
a Semear e a colher,
numa cadência sem parar,
como máquina a tinir,
vamos mas é entender,
que a vida está a encurtar,
vamo-nos mas é divertir,
enquanto dura é estender,
borda fora e navegar,
no oceano a bulir,
só à felicidade se render,
partir p’ra longe e não voltar.

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