segunda-feira, 7 de março de 2022

CÂMARA MUNICIPAL DA MEALHADA: O DESESTABILIZADOR

(imagem do Bairrada Informação)




O Senhor tem pouco valor como presidente.

O senhor é um grandessíssimo incompetente”


Hoje foi dia de Reunião de Câmara Municipal da Mealhada. Quem assistiu em directo, via ZOOM, mais que certo, ficou abismado com o clima de guerrilha imposto aos arguentes presentes nesta video-conferência por Rui Marqueiro, ex-presidente da autarquia durante os últimos 8 anos e agora vereador eleito em representação do Partido Socialista.

Não é surpresa de todo, já que nas sessões antecedentes, embora alternando entre a cooperação e a provocação, algumas foram idênticas. Mas, parece-me, o encontro de hoje ultrapassou em muito, para pior, tudo o que já tínhamos visto.

Antes de avançar, quero ressalvar que, embora não me sinta socialista, tenho muito respeito pela luta travada por este partido na defesa dos mais desfavorecidos e não me movem segundas intenções pessoais intelectualmente reprováveis, nem contra pessoas, nem contra agremiações políticas. Que fique escrito que escrevo porque gosto de o fazer e não para fazer frete a quem quer que seja. Faço-o na qualidade de munícipe com a devida lealdade que devo à minha independência assente na consciência sobre o que apreendo e, neste caso, em juízo de valor, mas sem pretender ofender, plasmo o que presumi através da visualização.

Voltando ao desempenho de hoje do senhor vereador Rui Marqueiro, tendo em conta as constantes sátira e ironia maliciosas focadas no vereador com pelouro Hugo Silva e no Presidente da Câmara Municipal, António Franco, dá para interrogar se a sua permanência no lugar não se deve unicamente à concretização de um plano em que visa a vingança pessoal, sobretudo, sobre quem contribuiu para o apear do cadeirão presidencial. A sua função ali parece somente ser para desestabilizar.

A sua prestação de hoje foi de constante insinuação, como por exemplo, a recorrência aos ingressos gratuitos praticados pela maioria no Cine-teatro Messias.

Sobre o Estatuto remuneratório do cargo de Coordenador Municipal de Proteção Civil, atirou Marqueiro: “este nomeado também é da sua lista? É que tem sido assim.”

E ainda, dirigindo-se a Franco, em forma de insulto gratuito: “O Senhor tem pouco valor como presidente. O senhor é um grandessíssimo incompetente”.

E mais, prosseguiu Marqueiro, que “constou-me” que o senhor presidente recusou receber o presidente da Fundação Luso. “Constou-me. Constou-me”.

Já o escrevi anteriormente, Rui Marqueiro, goste-se ou não, retirando estes meses de novo mandato, esteve 18 anos na Câmara Municipal e, por isso mesmo, sem favor, deve merecer o respeito institucional que lhe é devido. Mas há um senão: o seu comportamento político no presente deve estar de acordo com o seu passado. Acontece que tudo indica não estar. Marqueiro, de uma forma incompreensível, está a desbaratar o capital político adquirido durante quase duas décadas de mandato. É preciso afirmar “ipsis verbis”, o senhor vereador não está a defender os interesses das populações e muito menos a prossecução da importância política do Partido Socialista. Hoje, foi simplesmente confrangedora a sua performance e, sobretudo, na projecção mediática da agremiação política a que pertence.

No final da reunião, sem Marqueiro, que saiu mais cedo, afirmou António Jorge Franco: “foi uma reunião muito atribulada. Eu lamento. Gostava que fosse mais elevado, sem este tipo de discurso, de atitude. Não me agrada. E peço desculpa por alguma coisa que não foi bem compreendida.

 

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