Ontem,
em mais um programa do Prós e Contras, na RTP1, brilhantemente
moderado por Fátima Campos Ferreira, passou uma acesa discussão em
torno do lítio e na pergunta -que ficou sem resposta -: o minério
extraído da terra, depois de depurado, é suficiente valioso para
sacrificar várias comunidades?
Uma verdade
constatei: João Galamba, o secretário de Estado Adjunto e da
Energia, foi uma verdadeira decepção, quer na explicação do
processo de concessão em Montalegre, assinado no tempo de Passos
Coelho, quer nas licenças que vierem a ser atribuídas. E, a meu
ver, perdeu completamente o debate quando o presidente da Câmara
Municipal de Boticas o desafiou a dizer aos presentes se estava na
disposição de suspender o processo caso o Estudo de Impacte
Ambiental fosse chumbado e o processo corresse mal. Galamba, em vez
de dar a sua palavra de honra de que mandaria suspender, escondeu-se
atrás de um titubear que vai condenar para sempre o seu futuro nos
governos do Partido Socialista e, quem sabe, como candidato a futuro
líder.
Tive
ocasião de, em 2015, assistir a um debate onde o agora secretário de
Estado esteve presente. Pela forma fluente como argumentava e
defendia os seus pontos de vista, cheguei a escrever que Galamba iria
longe na hierarquia socialista.
Ontem,
sem rasgos de guerreiro, demasiado passivo e preso a velhos conceitos
estafados, fiquei com a certeza de que este é o homem errado num
lugar que deveria primar pela clareza e responsabilidade nacional.
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