terça-feira, 21 de setembro de 2010

RESPOSTA A UMA QUESTÃO POSTA NO QUESTÕES



 Porque o Blogue Questões Nacionais é “acusado” de omissão na crítica ao Processo Casa Pia, aqui, entende o Provedor do Leitor, António Luís Fernandes Quintans, depois de ouvidos o director Luís Fernandes, o director-adjunto António Quintans, o editor executivo António Fernandes, o chefe de redacção Fernandes Quintans, prestar os seguintes esclarecimentos aos seus leitores:

1-Por dificuldades financeiras estamos há vários anos sem assessoria jurídica. Como bons portugueses que somos, todos cá na casa mandamos uns “bitaites” mas não percebemos patavina de Direito;

2-O director Luís Fernandes, que por acaso é mesmo um apaixonado pela jurisprudência, normalmente gosta de se armar em causídico, mas não entende nada do assunto. É um tolo qualquer que não deve ser levado a sério –está bem que ele até andou lá em cima há poucos anos na Faculdade de Direito a queimar as pestanas, mas, desconfio, que era tão parvo, tão parvo, que não conseguiu atinar lá com coisa nenhuma. É lógico que teve de desistir. Ele costuma evocar em sua defesa que nunca soube o que queriam que ele respondesse. Diz que o método de ensino é monástico e que é um absurdo –alguém acredita nisto? Diz também que, como nenhum aluno sabe o que lhe é exigido, como não dão parâmetros, que é o mesmo que mandarem apanhar pedras. Uns apanham uns cascalhos de uns gramas e outros uns pedregulhos com uma centena de quilos. É tão parvóide este Luís Fernandes, não é? Até me admiro como é que uma besta destas está à frente de um meio de comunicação tão importante para a Baixa como este. Às tantas, deve ser alguma cunha forte lá no governo…sei lá!;

3-Entende o director Luís Fernandes que perante um caso de tanta complexidade como é o da Casa Pia não deve mandar “bitaites”. É um caso demasiado sério para ser opinado de forma leviana. Diz ele que uma coisa é formular uma crítica sobre um julgamento que ocorreu num qualquer tribunal de círculo, outra coisa é deliberar sobre um processo que se arrasta nos tribunais há 8 anos;

4-Diz ainda o “mastronço” do director Fernandes, que, apesar de acompanhar na imprensa tudo o que se passa sobre este caso de pedofilia –ainda anteontem assistiu na televisão a uma entrevista a Carlos Cruz-, tem muitas dúvidas. E estas incertezas caem para os dois lados. Por exemplo, acredita que o Carlos Cruz e os outros arguidos possam ser culpados. Mas, por hipótese, imaginemos que não são. Como é que fica o edifício da justiça? Já se fala tanto que a sua construção está assente em infra-estruturas de barro. Mas, volta a insistir o anedota do Fernandes, e se, com o tempo, se verificar que houve um aberrante complot no meio disto tudo para implicar alguns e colocar outros na berlinda do anátema?

5-Diz ainda o labrego do director que não se admira se houver um tremendo erro judiciário –mostra-me um livro que tem à sua frente com o título, “EU MENTI”, saído à estampa em 2006, em França. Em que uma adolescente, então com 14 anos, acusou o pai de abuso sexual. O primogenitor, de origem portuguesa, foi condenado a 12 anos de prisão. Esteve preso alguns anos, sendo libertado pela confissão da filha, quando esta já tinha mais de 20 anos.
Eis um pequeno extracto do livro "EU MENTI":

“Chamo-me Virginie Madeira
Tenho 21 anos
Sou estudante

Quando tinha catorze anos, disse a uma colega de turma que o meu pai tinha “abusado” de mim. Não era verdade.
Escrevo este livro para contar como, na escola, no Comissariado da Polícia, no Palácio da Justiça, no lar de infância, na minha família de acolhimento, ninguém pensou que tudo não passava de uma mentira.
O meu pai foi condenado a doze anos de prisão.
Hoje, gostaria que toda agente saiba a verdade: o meu pai está inocente”.

6-Por aqui já se vê que, perante a dúvida de um erro judiciário, o malcriado do director Fernandes, não ousa comentar. É muito estúpido…não é?


2 comentários:

Jorge Neves disse...

Não acredito na inocencia dos arguidos e de outros que deveriam ser arguidos e não foram. Mas tambem acredito que este processo está cheio de erros judiciais.

Anónimo disse...

É verdade Luís esse caso que refere,mas com uma diferença grande.É apenas uma vitima e um abusador,ou seja,a palavra de um contra o outro.No processo casa pia,são dezenas de vitimas e sete acusados,portanto este mastronço acha que a tese da cabala é um bocado forçada.Mas isto é a minha opinião,eu nem cursei direito,frequentei a faculdade de economia.
Marco