sábado, 20 de dezembro de 2008

NEM O CEGO ESCAPA...






Hoje, o Luís Cortês, um invisual músico que ganha a vida a animar as ruas da Baixa e costuma estar colocado junto à Loja do Cidadão e na Rua Adelino Veiga, junto ao Saul Morgado, foi assaltado em pleno dia. “estava a tocar e à minha frente colocou-se um individuo bem vestido –segundo a vizinhança que deu conta do furto- durante largo tempo. À medida que as pessoas iam deixando as suas dádivas o fulano, sem vergonha, baixava-se e, tudo o que era moeda branca, desviava-as para o seu bolso. Como eu estava a cantar e a tocar e (infelizmente) como sou cego não me apercebi. Sentindo a sua presença, até pensei que ele permanecia aí porque estava a gostar de me ouvir. Afinal o malandro estava a fazer de meu “contabilista”. Já viu isto?! Este caso até de via ir para o Diário de Coimbra, já viu ao que chegámos?!”, queixa-se indignado o Luís Cortês.
Ao que parece a vizinhança, quando se apercebeu do golpe do tal fidalgote, ainda correram atrás dele, mas, debalde!, conseguiu escapar.
É uma historieta, sem dúvida, mas demonstra até que ponto os valores estão mesmo a cair na sarjeta. Pode dizer-se que é a crise económica que contribui para isto, mas não é só, é muito mais do que a necessidade financeira de cada um, é a pouca vergonha, pura e simplesmente! Dá-me impressão que temos de ir a Fafe, para aprender como se faz a justiça por lá. Segundo dizem, parece que a “pedagogia do porrete” é eficaz lá na zona.

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