sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

LADRÃO PRENDADO SÓ ROUBA FRUTA DE QUALIDADE




No último fim-de-semana, de 14 de Dezembro, a frutaria da senhora Teresa Santos, ao fundo da Rua Direita, a fazer esquina para o Terreiro da Erva, foi assaltada. “Levaram-me 40 abacaxis (fruto parecido com o ananás), frutos tropicais, frutos secos, kiwis grandes, embalados em caixa, mangas, papaias, olhe que se deram ao luxo de escolher os melhores frutos. Os de pior qualidade deixaram. Isto é que é uma vida! Quem é que aguenta esta situação?”, parece interrogar-me, sabendo que não tenho resposta para o seu apelo.
“Mas olhe que não é só: anteontem, durante a noite voltaram cá e, mais uma vez, escolheram a melhor fruta, revolveram tudo e até umas prendas que tinha dentro de uns sacos para dar aos meus filhos levaram”.
Segundo as suas palavras, misturadas num mar de lágrimas, os ladrões estavam à vontade. “Estacionaram um carro junto aos portões de madeira do estabelecimento, rebentaram os cadeados e fechadura e escolheram calmamente como se andassem numa grande superfície às compras. Eram 1,38 horas da madrugada quando o meu vizinho da frente, ouvindo o barulho, ligou à PSP e contou que mais uma vez o meu estabelecimento estava a ser assaltado. O agente que o atendeu ao telefone disse-lhe que “vou ver se temos algum carro disponível para lá ir “. Pelos vistos, não deveria haver porque não apareceu ninguém da polícia. Foi o meu vizinho que me contactou e registou a hora da comunicação à PSP “.
“Como é que vou conseguir trabalhar assim, já viu isto?”, interroga-me, em pergunta de retórica. “Olhe que estou aqui há 26 anos e, até há dois anos, nunca tive problemas nenhuns, agora, há dois anos para cá, já fui assaltada umas dez vezes. Sinceramente até já lhe perdi a conta. Porcaria de vida!, e “estala” a chorar mais uma vez.
“Foi desde que veio para aí essas instituições (AMI, no Terreiro da Erva) que nunca mais tivemos parança, tanto roubam de dia como de noite. Há umas semanas atrás, durante o dia, levaram-me um saco de castanhas quase cheio. O meu marido ainda foi atrás deles, mas, quando deu conta, já as tinham vendido. Diga-me, senhor, como é que podemos trabalhar assim. Diga-me!”…

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