segunda-feira, 25 de julho de 2022

REUNIÃO DE CÂMARA MUNICIPAL DE MEALHADA: OS CASOS DO DIA

 

(imagem do jornal online Bairrada Informação)


PRESIDENTE DA FMB GANHA MAIS DO QUE O PREFEITO


Foi no Período de Antes da Ordem do Dia, assim naquela coisa entre uma no “cravo e outra na ferradura” que o assunto foi chamado à colação por Rui Marqueiro, ex-presidente da Câmara Municipal de Mealhada e, em representação do Partido Socialista, agora líder da oposição.

No cravo, o ex-pretor urbano começou por “censurar” António Jorge Franco, actual presidente da edilidade, por este ter afirmado que a autarquia não meteria mais dinheiro na Fundação Mata do Bussaco.

Em tom de desaprovação, Marqueiro reprovou a afirmação de Franco e disse que a entidade, apesar de ter alguns projectos candidatos a fundos europeus, continua a precisar de ser financiada na gestão corrente. Para além disso, nos últimos dois anos a gestão só conseguiu ser equilibrada graças ao facto de Guilherme Duarte, não estar a auferir salário – já que, nomeado por Marqueiro, esteve em regime interino desde o início de 2021 e só há cerca de um mês o ministro da tutela o nomeou presidente efectivo.

Sobre esta alegação, respondeu o actual locatário do cadeirão maior não ser verdade. O que disse, isso sim, era que a Fundação, com recursos próprios, tinha de ser auto-sustentável e sem ser preciso a Câmara meter lá mais dinheiro. E rematou: “para investir bem fundamentado a Câmara Municipal da Mealhada estará ao lado da Fundação Mata do Bussaco.”

Quando tudo parecia indicar que o assunto estava sanado, Marqueiro dá uma na ferradura. E o atingido pela martelada foi o seu correlegionário Guilherme Duarte: “o senhor presidente da Fundação Mata do Bussaco ganha mais do que o presidente da Câmara Municipal. Com Segurança Social, aufere qualquer coisa como 6.000 euros por mês, vezes quatorze.

Fosse do calor extremo que se tem feito sentir nos últimos dias ou não, alguém ficou com as orelhas a arder lá para os lados da montanha maior do nosso concelho.


MARQUEIRO NO LIMBO JUDICIAL


Como se numa bivalência, por um lado, mostrasse que continua a dar cartas no campo da informação do concelho da Mealhada sobre assuntos públicos que o envolvem e só ele decide quando quer falar. Por outro, numa aparente mas implícita crítica ao jornalismo pobrezinho, graças a Deus, da nossa santa terrinha e que nem o mais pintado jornalista se dignou estar presente nas várias sessões de instrução do Tribunal Administartivo e Fiscal de Aveiro, Rui Marqueiro declarou hoje no denominado Período de Antes da Ordem do Dia que, apesar da sede de Instrução ter decorrido em Dezembro último, a “juíza tomou a decisão de adiar o processo”. E concluiu: “com o atraso dos tribunais administrativos e fiscais que se conhece, se calhar, eu ainda morro antes da decisão.

Relembra-se que “o ex-presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, e os três vereadores socialistas do executivo estão acusados pelo Ministério Público (MP) pela prática de vários crimes, entre esses abuso de poder e prevaricação, num processo de alegada regularização ilícita do vínculo contratual do assessor de imprensa do município, Miguel Gonçalves” – in Jornal da Bairrada

Estamos completamente de acordo com o desabafo de Marqueiro. Este deixar andar e queimar em lume brando a honra e a dignidade dos cidadãos pelos tribunais é intolerável. Não se admite, em qualquer margem da história e muito menos nos dias que decorrem, um absurdo deste calibre.


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