Imagine
que você, leitor, se inscreveu no dia 15 deste Fevereiro na Divisão
de Atendimento e Apoio aos Órgãos Municipais para intervir na
reunião da Câmara Municipal de Coimbra, que ocorreu hoje – o Regimento prevê que
esta matrícula seja antecedida de cinco dias úteis.
Então,
quinze minutos antes das 17h00 apresenta-se no hemiciclo e espera
que terminem os trabalhos protocolares. É então que uma hora depois, cerca das
17h45, o presidente do Executivo Municipal, Manuel Machado, dá por
encerrados os trabalhos sem lhe passar cartão.
Em
face deste desrespeito, como é que você se sentiria?
Pois
foi o que aconteceu comigo hoje, sem tirar nem pôr. De pouco valeu
argumentar que estava inscrito conforme reza o regulamento
estatutário. Manuel Machado, sem se importar com o que estava a
acontecer, limitou-se a argumentar que não tinha lá nada e pronto!
A sessão tinha terminado e mais nada! Ficava inscrito para a próxima
sessão!
O
curioso é que a minha ida à autarquia, para arguir, prendia-se
exactamente com a ineficácia, displicência e desprezo como alguns
funcionários tratam questões de facto e de direito na relação entre o cidadão e a edilidade.
A ser verdade -porque pode não ser assim-, este repetido falhanço só veio demonstrar que muito há a
fazer e, portanto, a minha presença ali faz todo o sentido. Mas, com
este desenlace, que é muito chato, não há dúvida que magoa. E quem não se sente não é filho de boa gente. Mas estou convencido de que se vai saber o que aconteceu. Isto é: ou a culpa foi mesmo dos serviços administrativos ou, por ser uma "persona non grata", numa declaração abusiva e ditatorial, fui simplesmente bloqueado.
Depois,
os políticos, numa espécie de “Pai-nosso, que estais no céu”,
andam sempre a convocar os munícipes para intervirem. Não há
paciência. Fosca-se!
2 comentários:
O mais triste foi ver todos os deputados e vereadores a consentir tal atitude. Lamentávelmente o digo: não temos quem nos defenda!!!
Até parece ditadura!
Enviar um comentário